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Candidato ao Senado dos EUA nega ter pago aborto da namorada

Ex-jogador da NFL, Herschel Walker é conhecido por defender políticas anti-aborto

Por Da Redação 4 out 2022, 17h32

Candidato republicano ao Senado dos Estados Unidos, Herschel Walker é conhecido por defender a proibição total do aborto. O político, no entanto, está no centro de um escândalo após ser acusado de ter pago pelo procedimento para uma namorada em 2009.

Walker nega as acusações, mas a denúncia pode abalar uma disputa extremamente acirrada entre o Partido Republicano e o Partido Democrata na Câmara Legislativa dos EUA.

O portal de notícias Daily Beast informou na segunda-feira, 3, que o ex-jogador de futebol americano havia enviado dinheiro à mulher para pagar pelo aborto. O ex-jogador da NFL, candidato republicano no estado da Geórgia, negou a alegação, chamando a história de “uma mentira deslavada”.

+ Com o fim do direito ao aborto nos EUA, o que acontece a seguir?

Segundo a investigação do veículo estadunidense, ele encorajou sua então namorada a fazer o procedimento e depois enviou a ela um cheque e um cartão desejando “melhoras”. A mulher, que a mídia não nomeou por conta de questões de privacidade, disse que engravidou enquanto namorava Walker há mais de uma década.

A ex-companheira do candidato teria revelado a história por não suportar a “hipocrisia” de Walker sobre o assunto. “Não posso mais com a hipocrisia. Todos nós merecemos melhor”, teria dito ela ao jornal.

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+ Ameaça de retrocesso nos EUA reforça a urgência do debate sobre aborto

No Twitter, o republicano disse que entraria com um processo contra o meio de comunicação. Em um comunicado, o porta-voz do Comitê Nacional Republicano do Senado, Chris Hartline, chamou a reportagem de “insinuações mentirosas”.

A corrida ao Senado dos EUA na Geórgia é uma das mais importantes do país. Walker, representante republicano ao cargo, espera substituir o atual senador Raphael Warnock, um democrata, eleito em 2020.

Essa vitória deu aos democratas 50 assentos na câmara alta do Congresso, permitindo-lhes controlar o Senado dos EUA e aprovar algumas das maiores iniciativas políticas do presidente Joe Biden nos últimos dois anos.

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Os republicanos esperam retomar a Câmara nas eleições de meio de mandato em 8 de novembro, e o estado da Geórgia é fundamental para sua estratégia.

Antes das eleições de meio de mandato, os democratas de todo o país destacaram os direitos reprodutivos depois que a Suprema Corte dos EUA derrubou o direito constitucional ao aborto neste verão. O partido espera usar a questão para levar sua base às urnas em novembro.

Walker também tornou a questão central em sua campanha, dizendo acreditar que o aborto deveria ser ilegal mesmo em casos de estupro ou incesto.

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Os republicanos esperavam que a popularidade de ex-jogador da NFL aumentasse as chances do partido nas eleições de meio de mandato. Apesar de adotar a postura conservadora da coalizão, a campanha de Walker foi afetada por uma série de controvérsias pessoais decorrentes do comportamento passado do candidato.

Duas mulheres acusaram Walker de abuso doméstico ao longo dos anos. Sua ex-mulher, Cindy Grossman, pediu uma ordem de proteção contra ele em 2005, depois que Walker fez ameaças violentas, informou a Associated Press.

Ele também enfrentou relatos sobre três crianças, de mães diferentes, que ele não reconheceu publicamente durante a campanha. Mais tarde, ele confirmou que eram dele, dizendo que “nunca negou” sua existência.

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Na noite de segunda-feira, 3, um de seus filhos revelou que o candidato havia abandonado e ameaçado ele e sua mãe.

“Não minta sobre as vidas que você destruiu e aja como se fosse um homem de família moral”, disse Christian Walker.

Apesar das controvérsias, as pesquisas mostram uma disputa extremamente acirrada entre Walker e Warnock.

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