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Canadá doa 4 milhões de dólares para ajuda a venezuelanos

Grupo de Lima faz novo apelo por adiamento da eleição na Venezuela, no domingo; Maduro chama presidente da Colômbia de ´imbecil´

Por Da Redação
15 Maio 2018, 13h00

O Canadá anunciou na segunda-feira (14) a doação de 4 milhões de dólares à ONU e à Cruz Vermelha Internacional e outros organismos assistenciais para a ajuda à  Venezuela por causa do “agravamento da crise econômica, política e humanitária” .

Depois de participar da reunião do Grupo de Lima,no México, a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, afirmou em comunicado que “a crise na Venezuela está gerando graves consequências para toda a região, com milhares de venezuelanos em busca de refúgio devido às difíceis circunstâncias”.

 

“(Os venezuelanos) não merecem isso. O Canadá está com o povo da Venezuela e da região, na medida que enfrentam a magnitude desta difícil crise”, acrescentou Freeland.

O governo canadense responsabilizou diretamente o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pelos “crescentes números de venezuelanos que estão fugindo a países vizinhos,  como o Brasil, Colômbia, Equador, Peru e as nações do sul do Caribe”.

O Canadá doará 1,3 milhões de dólares canadenses (1 milhão de dólares americanos) ao Programa Mundial de Alimentos da ONU e à Ação contra a Fome na Colômbia para segurança alimentar, acesso a água potável e saneamento.

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Além disso, o Canadá proporcionará outros 4 milhões de dólares canadenses (3,1 milhões de dólares) ao Alto Comissariado para Refugiados da ONU, ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha e ao Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas.

Suspensão de eleições

O Grupo de Lima, bloco de países criado em 2017 para pressionar o governo venezuelano a retomar a via democrática, fez um novo apelo em favor da suspensão das eleições gerais previstas para o próximo domingo na Venezuela. Essas eleições deveriam ocorrer apenas no final deste ano, conforme o calendário original. O grupo condena o “regime autoritário” de Nicolás Maduro.

A oposição venezuelana igualmente pede a suspensão das eleições. Por temor de fraudes, os oposicionistas fazem campanha pela abstenção dos eleitores e apelam para que nenhum candidato se apresente para concorrer com Maduro. Apenas um político se apresentou, Henry Falcón, que não recebe apoio dos tradicionais partidos contrários ao governo. O poder eleitoral venezuelano advertiu que serão aplicadas sanções, entre elas de prisão, aos que promoverem promover a abstenção.

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O repúdio às eleições também provocou a reação de  Maduro, que chamou de “imbecil” seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, por ter afirmado que não reconhecerá os resultados do pleito no país vizinho. A Colômbia, assim como o Brasil e o Canadá, faz parte do Grupo de Lima.

(Com EFE e AFP)

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