Buscas por brasileiro foragido nos EUA por matar ex chegam ao sexto dia
Danelo Cavalcante escapou do centro da penitenciária do condado de Chester, no estado americano de Pensilvânia, em 31 de agosto
As buscas de agentes dos Estados Unidos pelo brasileiro Danelo Cavalcante, condenado à prisão perpétua por matar sua ex-namorada, entraram nesta terça-feira, 5, em seu sexto dia. O homem de 34 anos escapou do centro da penitenciária do condado de Chester, no estado de Pensilvânia, em 31 de agosto, quando aguardava para ser transferido para outro centro de detenção.
“A pressão que colocamos sobre ele está funcionando”, relatou o vice-comissário de operações da polícia do estado da Pensilvânia, George Bivens. “Eu gostaria que pudéssemos pegá-lo, mas é uma área grande e escura, com terreno difícil.”
O tenente-coronel informou, ainda, que câmeras de segurança flagraram o brasileiro, na noite de segunda-feira, em uma trilha de um jardim público, a cerca de 8 km da prisão de Chester. A perambulação do foragido fez com que distritos escolares da região cancelassem as aulas por um dia.
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O registro mostra que Cavalcante manteve a aparência das fotos de divulgação, vestia um moletom com capuz e portava duas mochilas. O vídeo sugere que ele estaria se deslocando para o norte do estado, tendo mudado de rumo em direção ao sul cerca de uma hora depois. O brasileiro também seria suspeito de um assassinato em 2017, quando ainda morava no Brasil, de acordo com o Serviço de Delegados dos Estados Unidos (U.S Marshals).
Em uma tentativa de capturá-lo, as autoridades americanas ampliaram o perímetro original de investigação em três quilômetros, acrescentou Bivens. Ele pediu aos moradores e às empresas que trancassem as portas e verificassem o funcionamento de suas câmeras de segurança.
“Você está lidando com alguém que está desesperado e não quer ser pego”, advertiu. O Serviço de Delegados dos Estados Unidos e o governo ofereceram uma recompensa de US$ 10 mil (R$ 49,3 mil) por informações que levem à sua prisão.
Um júri condenou Cavalcante em agosto pelo assassinato de Deborah Brandão, sua ex-namorada, na frente dos filhos dela, que tinham 4 e 7 anos na ocasião. Brandão foi esfaqueada 38 vezes durante o crime, que ocorreu em abril de 2021.
Segundo o processo, o assassinato foi motivado para impedir que a esposa contasse à polícia sobre as acusações contra Cavalcante no Brasil, em conexão com um caso de homicídio separado em 2017. Antes de se mudar para os Estados Unidos, ele era supostamente ligado a um grupo criminoso brasileiro e matou um homem que lhe devia dinheiro.