Brasileiro é preso no Peru por danos em Machu Picchu
Grupo de seis turistas responde por ingresso ilegal na área do Templo do Sol, por derrubada de uma pedra talhada e por defecar no local

O brasileiro Cristiano da Silva Ribeiro e outros cinco estrangeiros presos no Peru por atentado contra o patrimônio histórico de Machu Picchu serão expulsos do país entre esta terça-feira, 14, e quarta, 15. O grupo de turistas entrou ilegalmente no setor do Templo do Sol da cidade inca e provocou a queda de uma pedra. Um dos integrantes fez suas necessidades fisiológicas no local.
O Consulado do Brasil em Lima acompanha o caso de Ribeiro, que estava em situação imigratória ilegal no Peru. Ele é de Lorena (SP).
Os turistas foram denunciados à polícia por funcionários do Ministério da Cultura peruano que atuam no local. Acabaram presos por oficiais da Região Policial de Cusco na manhã de segunda-feira 13. Uma fonte da polícia peruana informou a VEJA que o caso está em investigação pelo Ministério Público. Mas o Escritório de Imigração expulsará o grupo no período mais breve possível. Todos esses turistas ficarão proibidos de ingressar no país por três a quatro anos.
Segundo o jornal El Comércio, de Lima, além de Ribeiro, de 30 anos de idade, o grupo era formado pelo chileno Favian Eduardo Vera Vergara (30), pela francesa Marion Lucie Martínez (26), e pelos argentinos Magdalena Abril Retamal (20) , Leandro Sactiva (32) e Nahuel Gomez (28). De acordo com o boletim de ocorrência, esses turistas provocaram a fissura de uma pedra talhada, que caiu de um muro de seis metros de altura e provocou uma fenda no piso.
Além dos danos materiais, a direção regional de Cultura de Cusco, região que engloba Machu Picchu, diz ter sido encontrado material fecal no templo, o que comprova que um dos turistas defecou no local.
Também chamada de “a cidade perdida dos incas, Machu Picchu foi construída no século XV, no período pré-colombiano, e redescoberta em 1911. É um dos pontos mais visitados da América do Sul e tornou-se patrimônio histórico mundial da Unesco. Suas construções de pedra, sem espaço nem argamassa entre uma e outra, alimentam teorias sobre o método de engenharia utilizado pelos incas. Segundo o Ministério de Comércio Exterior e Turismo peruano, Machu Picchi recebeu 1,6 milhão de turistas em 2018.