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Brasil vai atuar em ‘solidariedade’ à Venezuela, diz Mauro Vieira antes de cúpula da Celac

Chanceler afirmou que Lula vai à reunião na Colômbia com intuito de reforçar política externa de 'cooperação na América do Sul'

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 nov 2025, 17h48 - Publicado em 5 nov 2025, 14h45

O chanceler Mauro Vieira afirmou nesta quarta-feira, 5, em Belém, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá à cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), neste final de semana, com uma agenda de “solidariedade” para com a Venezuela, em meio à pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o país sul-americano.

Há semanas que ataques americanos a barcos no Caribe e no Pacífico Ocidental desestabilizam a região, enquanto o ocupante da Casa Branca ameaça realizar uma incursão terrestre em solo venezuelano, sob o pretexto da luta contra narcotraficantes.

“A pauta (da cúpula) é um apoio, uma solidariedade regional à Venezuela, tendo em vista que o presidente (Lula) repetidamente disse isso, e é a posição da nossa política externa. A América Latina e, sobretudo, a América do Sul, onde nós estamos, é uma região de paz e cooperação”, afirmou Vieira.

O encontro de líderes da Celac, em reunião conjunta com representantes da União Europeia, ocorrerá nos próximos dias 9 e 10 na Colômbia.

Questionado por repórteres durante coletiva às vésperas da COP30 na capital paraense, o chanceler afirmou não acreditar que o movimento de solidariedade em relação a Caracas atrapalhe as negociações entre o governo brasileiro e Washington sobre o tarifaço imposto pelo presidente Trump. “Nosso contato com os Estados Unidos diz respeito sobretudo às questões comerciais e tarifárias bilaterais”, sublinhou.

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Na véspera, Lula já havia reafirmado que é contra uma possível ofensiva militar dos Estados Unidos na Venezuela e contou ter transmitido a mensagem diretamente a Donald Trump durante encontro recente em Kuala Lumpur, na Malásia.

“Não quero que a gente chegue a uma invasão terrestre”, disse ele em entrevista a agências internacionais. “Eu disse a (Trump) que problema político a gente não resolve com armas. A gente resolve com diálogos”, declarou.

O pronunciamento veio após o mandatário brasileiro propor, no mesmo encontro com Trump, uma saída “política e diplomática” para a crise venezuelana e oferecer o Brasil como mediador de uma eventual negociação — iniciativa que foi mal recebida pela líder opositora da Venezuela, María Corina Machado, que vem declarando apoio às ações militares americanas no Caribe e Pacífico.

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Guerra às drogas 2.0

Trump tem endurecido sua retórica contra cartéis de drogas mexicanos e sul-americanos, que classificou como “organizações terroristas estrangeiras”. Desde setembro, o governo americano conduz operações militares em águas próximas à Venezuela, com o argumento de combater o contrabando. Segundo o Pentágono, 64 pessoas, entre elas membros do cartel Tren de Aragua, foram mortas em 16 ataques a embarcações suspeitas no Caribe e no Pacífico.

O presidente considera o tráfico de drogas por gangues mexicanas, venezuelanas e de outros países uma ameaça à segurança nacional. Segundo ele, os métodos tradicionais de aplicação da lei (apreensão de narcóticos na fronteira, em aeroportos e no mar, além de investigações contra chefes de cartéis e seu financiamento) não têm sido suficientes para conter o problema, que mata dezenas de milhares de americanos todos os anos.

Desde setembro, a administração Trump vem conduzindo uma campanha militar contra embarcações suspeitas de contrabando em águas próximas à Venezuela. O Pentágono informou que 64 pessoas, incluindo membros do cartel Tren de Aragua, foram mortas em 16 ataques a barcos no Caribe e no Pacífico. As autoridades não divulgaram nomes ou outros detalhes das vítimas, nem apresentaram provas que sustentem suas alegações sobre os barcos, passageiros ou cargas.

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Além dos ataques concentrados nos litorais da Venezuela e, mais recentemente, Colômbia, a emissora americana NBC News revelou na segunda-feira 3 que o governo dos Estados Unidos iniciou um planejamento detalhado para operações militares e de inteligência no México para perseguir cartéis de drogas. Nesta terça, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, enfatizou que uma invasão “não vai acontecer” em seu país.

Trump sustenta que as operações servem como uma mensagem aos cartéis: quem tentar contrabandear drogas para os EUA enfrentará punição letal. A campanha inclui ainda pressão política direta sobre o presidente Nicolás Maduro, acusado pelo presidente de integrar um cartel de drogas. O governo americano oferece recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão do líder venezuelano.

As investidas foram condenadas em países da região e por uma série de juristas, em meio a preocupações de que as ações estejam em violação do direito internacional.

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