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Brasil expressa ‘preocupação’ e pede ‘máxima contenção’ a Israel e ao Irã

Segundo o Itamaraty, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou pessoalmente nesta sexta com o chanceler iraniano, Hossein Amir-Abdollahian

Por Da Redação Atualizado em 19 abr 2024, 20h11 - Publicado em 19 abr 2024, 20h10

O Brasil expressou preocupação e pediu “máxima contenção” a Israel e ao Irã para evitar a escalada do conflito no Oriente Médio após Tel Aviv revidar, nesta quinta-feira, o ataque iraniano do último sábado.

“O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan”, diz a nota do Ministério das Relações Exteriores. “O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.”

Segundo o Itamaraty, o apelo foi transmitido diretamente pelo ministro Mauro Vieira ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, em encontro nesta sexta-feira, 19, na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York.

Ataque israelense

Segundo a agência de notícias estatal do Irã Fars, o ataque israelense contra o país centrou-se na cidade de Isfahan, que abriga uma série de infraestruturas militares importantes, incluindo instalações nucleares, uma importante base aérea e fábricas de drones iranianos.

De acordo com a agência, “três explosões” foram ouvidas em Qahjavarestan, próximo ao aeroporto de Isfahan e da base aérea militar de Shekari. Autoridades iranianas, porém, garantiram que as suas instalações nucleares “estavam seguras”. O porta-voz da agência espacial iraniana, Hossein Dalirian, disse que “vários” drones foram “interceptados com sucesso”.

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O Irã estava em alerta máximo desde que Tel Aviv prometeu retaliação ao ataque de Teerã contra o território israelense, no último sábado. O país lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel — quase a totalidade foi interceptada pelo sistema de defesa israelense.

Apelo de aliados

Nesta sexta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediram por contenção, afirmando que estão ambos comprometidos em diminuir as tensões entre a República Islâmica e Israel para evitar uma escalada do conflito.

Ao lado do ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, a presidente da Comissão Europeia, ressaltou que é “absolutamente necessário” que o Oriente Médio permaneça “estável”, exortando todas as partes a “absterem-se de novas ações”. O Irã já afirmou que uma retaliação imediata não está nos planos.

“Temos que fazer todo o possível para que todas as partes evitem uma escalada (do conflito) naquela região”, sublinhou von der Leyen durante viagem à Finlândia na sexta-feira.

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Já Tajani garantiu que membros da União Europeia e do G7, grupo das sete economias mais ricas do mundo, se engajaram em um “esforço diplomático” para acabar com as tensões na região após o ataque. Ele falou com jornalistas à margem de uma cúpula dos ministros das Relações Exteriores do G7 na Itália.

“Pedimos a todos que sejam prudentes para evitar uma escalada”, disse ele, reiterando o apelo da Itália por um cessar-fogo em Gaza.

O chefe da diplomacia americana também disse que os países do G7 estão “comprometidos em diminuir” as tensões entre Israel e o Irã.

“Estamos comprometidos com a segurança de Israel. Também estamos comprometidos com a contenção, com a tentativa de pôr fim a essa tensão”, disse Blinken durante uma coletiva no final da reunião do grupo. Ele também afirmou que os países compartilham “o compromisso de responsabilizar o Irã” e enfatizou que os Estados Unidos não tiveram envolvimento no ataque israelense.

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Blinken acrescentou que o G7 condenou os ataques iranianos contra o território israelense no último fim de semana. Segundo ele, foi uma ofensiva “sem precedentes em alcance e escala; alcance porque foi um ataque direto a Israel a partir do Irã, escala porque envolveu mais de 300 disparos, incluindo mísseis balísticos”.

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