Bombardeiros nucleares russos sobrevoam Alasca e são interceptados
Aeronave militar não entrou no espaço aéreo dos Estados Unidos e Canadá e não representa ameaça, segundo autoridades
O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), informou que bombardeiros nucleares e caças russos foram interceptados pelas forças de defesa aérea norte-americanas nesta segunda-feira 13, enquanto sobrevoavam o espaço aéreo internacional perto do Alasca.
A defesa conjunta dos Estados Unidos e Canadá comunicou nesta terça-feira 14 que a aeronave não chegou a entrar no espaço aéreo dos países e não representa uma ameaça.
Além disso, autoridades afirmaram que os voos russos também não estão relacionados com a onda misteriosa de objetos voadores não identificados (Óvnis) sobre a América do Norte, que foram abatidos por militares americanos.
“O NORAD antecipou esta atividade russa. Dois caças NORAD F-16 interceptaram a aeronave russa”, disse a organização.
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Nesta quarta-feira, 15, a Rússia confirmou que realizou vários voos em águas internacionais nos últimos dias, inclusive no Mar de Bering, entre o Alasca e a Rússia. De acordo com o país, os dois dos porta-mísseis estratégicos Tu-95MS estavam acompanhados por jatos Su-30, que faziam voos de “rotina”.
Operações semelhantes ocorreram ao norte da Noruega e sobre águas internacionais perto do extremo leste da Rússia. No entanto, o governo russo não informou se suas aeronaves foram interceptadas.
“Pilotos de aviação de longo alcance realizam voos regularmente sobre as águas neutras do Ártico, Atlântico Norte, Mar Negro, Mar Báltico e Oceano Pacífico”, afirmou o Ministério da Defesa da Rússia.
As forças de segurança norte-americanas estão em alerta máximo desde que um suposto balão de vigilância chinês cruzou o espaço aéreo dos Estados Unidos no dia 4 de fevereiro. O país abateu o objeto, bem como outros três depois, enquanto vasculhavam os céus.
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Na última sexta-feira 10, os militares americanos informaram que um objeto que sobrevoava o norte do Alasca foi derrubado por jatos caça, com a justificativa de que ele estava “dentro do espaço aéreo soberano” sobre as “águas internacionais” do país.
Apesar da Rússia já ter realizado voos sobre o Mar de Bering antes, os vizinhos na região ficaram preocupados com a atividade militar de Moscou desde a invasão da Ucrânia no dia 24 de fevereiro de 2022.
Os estados membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) intensificaram os exercícios militares no Ártico nos últimos anos, à medida que a Rússia expandiu e renovou sua infraestrutura militar na região.