Bolsonaro e Putin conversarão sobre a Bolívia durante cúpula dos Brics
Líder russo se reunirá separadamente com presidente brasileiro na próxima quinta, no final do encontro em Brasília
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira, 11, que conversará com o presidente Jair Bolsonaro sobre a situação na Bolívia durante a cúpula dos Brics, que reunirá os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul na próxima quarta e quinta-feira, 13 e 14, em Brasília.
“Com Bolsonaro já houve uma reunião em Osaka. Agora será uma conversa mais profunda. A agenda será fundamentalmente bilateral e, é claro, questões internacionais e regionais também serão tocadas, levando em conta a situação na Bolívia”, afirmou Yuri Ushakov, assessor presidencial para Assuntos Internacionais.
Putin se reunirá separadamente com Bolsonaro na próxima quinta, no final da cúpula, quando também terá encontros bilaterais com o presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou hoje que a situação na Bolívia, após a renúncia do presidente Evo Morales no domingo 10, não afetará a viagem de Putin, que cancelou sua passagem pelo Chile pouco antes da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).
“Estamos preocupados com a evolução dos eventos. Pedimos que as forças políticas bolivianas se acalmarem e busquem um acordo baseado no diálogo e na cooperação, no interesse de uma pronta restauração da ordem constitucional e da garantia de direitos dos cidadãos”, disse Ushakov.
O diplomata russo expressou sua confiança de que a comunidade internacional e, em particular, os países da região e vizinhos da Bolívia ajam com responsabilidade.
Sobre a situação de Morales, o porta-voz do Kremlin negou que a Rússia manteve contato com Morales e que este tenha solicitado asilo.
Ele defendeu que o conflito fosse resolvido sem interferência externa, enquanto o Ministério das Relações Exteriores russo disse que o ocorrido na Bolívia seguiu “um padrão de golpe de Estado”.
(Com EFE)