Biden sanciona lei que endurece regras para controle de armas nos EUA
Apesar do avanço, lei não proíbe a comercialização de armas de assalto e nem permite a verificação de antecedentes para todas as compras de armamento
O presidente dos Estados Unidos Joe Biden sancionou neste sábado, 25, uma nova lei que endurece a checagem de antecedentes criminais de pessoas que pretendam comprar determinadas armas no país e que é apontada por especialistas como o mais significante avanço na discussão sobre o tema em pelo menos três décadas. O texto, resultado de um acordo entre republicanos e democratas, que aprovaram a proposta nos últimos dias tanto na Câmara quanto no Senado, entra em vigor um mês depois que um massacre em uma escola primária no Texas deixou 19 crianças e duas professoras mortas, o pior do país em dez anos. O atirador, de 18 anos, não tinha histórico de problemas mentais nem ficha policial.
A nova legislação tornará mais rígida a checagem da vida pregressa de compradores de armas jovens e auxiliará estados a implementar políticas que facilitem que autoridades impeçam pessoas perigosas de adquirirem armamento. Também está prevista no texto a destinação de recursos para projetos relacionados à saúde mental e ao auxílio de escolas, alvos frequentes de atiradores. Além do trágico episódio em Uvalde, no Texas, instituições de ensino em Newtown, Connecticut, e Parkland, na Flórida, foram vítimas de tiroteios em massa.
A nova lei, no entanto, não proíbe a comercialização de armas de assalto e nem permite a verificação de antecedentes para todas as compras de armamento, dois pontos defendidos pelos democratas nas discussões do projeto. “Sei que há muito mais trabalho a fazer e nunca vou desistir, mas este é um dia monumental. Vidas serão salvas. A mensagem deles (familiares de vítimas) para nós era fazer algo. Hoje nós fizemos”, disse Biden ao sancionar a lei.