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Biden chama Trump para reunião na Casa Branca e prepara discurso à nação

O republicano, que foi eleito presidente dos EUA na quarta-feira 6, se prepara para formar o próximo gabinete e fazer transição de poder

Por Da Redação Atualizado em 7 nov 2024, 09h01 - Publicado em 7 nov 2024, 08h42

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará um discurso à nação nesta quinta-feira, 7, após uma retumbante derrota de seu Partido Democrata nas urnas para Donald Trump. A campanha do republicano disse que Biden o convidou para uma reunião na Casa Branca, mas não especificou quando o encontro acontecerá.

Biden, que desistiu da campanha de reeleição em julho sob pressão do próprio partido e foi substituído por sua vice-presidente, Kamala Harris, fará um pronunciamento às 11h (13h no horário de Brasília), segundo a Casa Branca.

Na quarta-feira 6, na primeira fala após a derrota, Harris tentou consolar os eleitores que esperavam que ela se tornasse a primeira mulher a ocupar o Salão Oval. Ela, bem como Biden, prometeu colaborar com a transição de poder até a posse de Trump, em 20 de janeiro, com a ressalva de que não abraçaria a visão do republicano para o país.

Onda vermelha

A vitória do ex-presidente Trump, uma lavada surpreendentemente após pesquisas de opinião indicarem uma disputa acirradíssima, ressaltou o quão desiludidos os americanos ficaram com a economia – em particular com o efeito da inflação em seu padrão de vida –, a segurança da fronteira e a direção em que os Estados Unidos caminhava sob os democratas.

Os latinos, grupo demográfico que geralmente favorece democratas, bem como eleitores de baixa renda que foram particularmente afetados pela inflação ajudaram a impulsionar Trump nas urnas. A campanha de Harris sustentou a narrativa que Trump não estava apto a ser presidente novamente, tanto por ser um criminoso condenado quanto por ter incentivado, com acusações falsas de que a eleição de 2020 havia sido fraudada, a invasão do Capitólio dos Estados Unidos no fatídico 6 de janeiro de 2021.

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Desta vez, Trump conquistou, até esta quinta-feira, cinco dos sete estados-pêndulo (aqueles que alternam preferências entre democratas e republicanos, sendo decisivos para os resultados), obtendo pelo menos 295 delegados do Colégio Eleitoral, mais do que a maioria simples de 270 necessários para conquistar a Presidência. Nos dois estados-pêndulos restantes, Arizona e Nevada, que não terminaram a contagem dos votos, ele também tem vantagem.

Trump também deve se tornar o primeiro candidato presidencial republicano a ganhar o voto popular desde George W. Bush, em 2004.

Os republicanos ainda conquistaram o controle do Senado e parecem estar no caminho de manter a maioria na Câmara dos Deputados, o que garantiria a Trump controle total sobre o Congresso.

Preparação para transição

Nos próximos dias e semanas, Trump selecionará seu gabinete, informou sua campanha na quarta-feira.

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O CEO da Tesla e dono do X, antigo Twitter, Elon Musk – que também é o homem mais rico do mundo e um importante doador da campanha republicana –, recebeu a promessa de um cargo em sua administração, assim como o ex-candidato presidencial Robert F. Kennedy Jr, um independente conhecido por suas teorias da conspiração anti-vacina.

O CEO do banco JPMorgan Chase, Jamie Dimon, e o bilionário gestor de fundos de hedge John Paulson são vistos como possíveis nomes para o novo governo, enquanto membros da antiga administração de Trump, como Robert O’Brien e Mike Pompeo, podem retornar ao poder.

Sobre comércio, espera-se que Trump intensifique o protecionismo que foi característico de seu primeiro mandato, principalmente as tarifas sobre importações. Isso pode colocá-lo em rota de colisão com a China, que tem a segunda maior economia do mundo, semear discórdia com aliados e agitar as indústrias globais, de montadoras a fabricantes de chips.

O presidente chinês, Xi Jinping, parabenizou Trump pela vitória na quarta-feira e disse que espera que as duas potências coexistam pacificamente e mantenham uma cooperação vantajosa para todos, segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

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