Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Biden aprovou estratégia nuclear secreta com foco na China, diz jornal

Mudança leva em conta estimativas de que arsenal chinês pode se equiparar em tamanho e diversidade aos dos EUA e Rússia em breve

Por Da Redação
Atualizado em 20 ago 2024, 19h01 - Publicado em 20 ago 2024, 19h01

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou em março um plano estratégico nuclear altamente confidencial que, pela primeira vez, prioriza a ameaça representada pela rápida expansão do arsenal nuclear da China, alterando significativamente a abordagem de dissuasão do país, de acordo com reportagem publicada pelo jornal americano The New York Times nesta terça-feira, 20.

A mudança, segundo o jornal, ocorre porque o Pentágono acredita que o arsenal chinês pode se equiparar em tamanho e diversidade aos dos Estados Unidos e da Rússia na próxima década.

+ Gastos globais com armas nucleares crescem e atingem nível recorde

A Casa Branca não divulgou oficialmente que Biden havia aprovado a nova estratégia, denominada “Orientação de Emprego Nuclear”, que também busca preparar os Estados Unidos para possíveis desafios nucleares coordenados da Rússia e Coreia do Norte. O documento, atualizado a cada quatro anos ou mais, é tão confidencial que não há cópias eletrônicas, apenas um pequeno número de cópias impressas distribuídas a alguns oficiais de segurança nacional e comandantes do Pentágono.

Recentemente, dois altos funcionários do governo mencionaram essa mudança, embora de forma sutil.

“O presidente emitiu recentemente uma orientação atualizada sobre o emprego de armas nucleares para levar em conta vários adversários com armas nucleares”, disse Vipin Narang, estrategista nuclear do MIT que atuou no Pentágono, em um discurso recente. Ele acrescentou que a nova orientação reflete “o aumento significativo no tamanho e na diversidade” do arsenal nuclear chinês.

Continua após a publicidade

Em junho, o diretor sênior de controle de armas e não proliferação do Conselho de Segurança Nacional, Pranay Vaddi, também se referiu ao documento, o primeiro a examinar em detalhes se os Estados Unidos estão preparados para responder a crises nucleares que eclodem simultânea ou sequencialmente, com uma combinação de armas nucleares e não nucleares.

Segundo uma análise da Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (Ican, na sigla em inglês), gastos globais com armas nucleares aumentaram 13%, atingindo um número recorde de 91,4 bilhões de dólares durante o ano de 2023.

O novo total, que representa um aumento de 10,7 bilhões de dólares em relação ao ano anterior, é impulsionado em grande parte pelo aumento acentuado dos orçamentos de Defesa dos Estados Unidos, em meio às incertezas geopolíticas provocadas pela invasão da Rússia à Ucrânia e pela guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas.

Continua após a publicidade

Dados compilados pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri), mostram que o número de ogivas nucleares ativas também aumentou ligeiramente, chegando a 9.585, impulsionado em grande parte pelo aumento do arsenal da China de 410 para 500.

Os Estados com maior força nuclear continuam, desde a década de 1950, sendo os EUA e a Rússia, que possuem cerca de 90% de todas as ogivas. A Rússia tem 4.380 ogivas nucleares instaladas ou armazenadas, em comparação com os EUA, que têm 3.708.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.