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Ban pede redução da tensão com Irã e insta à Síria a parar repressão

Por Da Redação
5 jan 2012, 07h40

Emilio López Romero.

Nações Unidas, 5 jan (EFE).- O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, começa nesta semana seu segundo mandato à frente do organismo com as crises do Irã e da Síria entre suas grandes preocupações, e disposto a ajudar os países que protagonizaram a ‘Primavera Árabe’ em seu processo de transição à democracia.

‘Estamos acompanhando de perto a situação no Irã. É importante que todas as partes se abstenham de retóricas negativas, tentem dissipar as tensões e encarem o assunto de maneira pacifica’, manifestou nesta quinta-feira o secretário-geral durante uma entrevista à Agência Efe.

Ban se mostrou ‘profundamente preocupado’ pelas suspeitas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de que o programa nuclear iraniano poderia ter uma ‘dimensão militar’.

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O diplomata sul-coreano considerou de ‘crucial importância’ a redução da tensão e que as autoridades de Teerã cumpram com todo rigor as resoluções do Conselho de Segurança e cooperem ‘totalmente’ com a AIEA.

Desta forma, pediu ao regime de Mahmoud Ahmadinejad retomar as negociações com a comunidade internacional para tentar resolver o assunto de seu programa nuclear ‘por meio de diálogo’ e de forma pacífica.

‘Não há outra alternativa a não ser uma solução negociada’, advertiu o principal responsável da ONU durante a entrevista à Efe, na qual reiterou que o organismo internacional está preparado para facilitar o processo ‘quando for necessário’.

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Com relação à Síria, Ban se mostrou ‘profundamente preocupado’ pelas reiteradas violações dos direitos humanos no país árabe e instou o regime de Bashar al Assad a parar a repressão e os massacres.

‘Estou profundamente preocupado e consternado pela maneira como esta situação se prolonga desde março. Não podemos seguir esperando enquanto mais pessoas morrem’, advertiu.

Neste contexto, destacou os últimos esforços da Liga Árabe para evitar novos derramamentos de sangue e facilitar o diálogo com Damasco, e indicou que espera conhecer os detalhes da missão de observadores que estão no terreno.

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A ONU, ressaltou, está preparada para fornecer assistência técnica a essa missão se assim for solicitado, um assunto que abordou com o secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Nabil al Araby.

Ban se referiu ao conflito entre palestinos e israelenses e considerou positivo o encontro das partes nesta semana em Amã depois de mais de um ano. A próxima conversa ficou marcada para fevereiro.

‘É estimulante saber que os dois lados voltaram a se reunir e espero que continuem avançando’ no processo de aproximação, comentou o secretário-geral.

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Ele falou que manteve contatos com os líderes da região para pedir que acelerem o processo de paz e acredita que sejam capazes de iniciar conversas sinceras e genuínas.

Ban demonstrou apoio às ‘legítimas’ aspirações do povo palestino de ser admitido como membro de pleno direito das Nações Unidas, e reiterou sua defesa de uma solução de dois Estados.

Perguntado pelas lições da Primavera Árabe, passado um ano das revoltas, o secretário-geral manifestou a Efe que os líderes devem ouvir ‘com máxima atenção’ as demandas e necessidades de suas populações, já que se trata de ‘uma responsabilidade básica’ de qualquer político.

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‘Por isso, uma de minhas cinco prioridades é ajudar esses países em seu processo de transição em direção à democracia’, sustentou Ban, quem destacou os desejos dos cidadãos de viverem ‘com dignidade’ e em sociedades democráticas que respeitem os direitos humanos.

Mencionou ainda a importância do desenvolvimento sustentável, ‘um imperativo do século 21’ para ajudar milhões de pessoas a sair da pobreza, adotar medidas preventivas para evitar desastres naturais, continuar trabalhando para alcançar um mundo mais seguro, e situar o papel da mulher no centro da agenda.

Por último, citou a segurança alimentar, o acesso à água potável e a mudança climática, ‘assuntos interligados’ que, na sua opinião, podem ser solucionados em parte na próxima cúpula de junho no Rio de Janeiro. EFE

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