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Áustria e Dinamarca driblam UE e se aliam a Israel para produzir vacinas

Atrasos na solicitação, aprovação e distribuição de vacinas pelo bloco estão levando Estados-membros a fecharem acordos à parte

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 13h26 - Publicado em 2 mar 2021, 12h46

Os governos da Áustria e da Dinamarca anunciaram nesta terça-feira, 2, que planejam cooperar com Israel na produção de vacinas contra o novo coronavírus e suas variantes para “deixar de depender da União Europeia“.

“Os especialistas estimam que vacinas anuais serão necessárias para cerca de seis milhões de austríacos. É por isso que cooperaremos estreitamente com a Dinamarca e Israel na pesquisa e produção de vacinas”, disse Sebastian Kurz, o chanceler austríaco, no Twitter.

De acordo com a agência de notícias austríaca APA, Kurz e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tratarão do assunto em visita a Israel na próxima quinta-feira, 4.

Israel, que comprou e aprovou rapidamente vacinas das farmacêuticas americanas Pfizer e Moderna, já deu 94 doses a cada 100 habitantes, enquanto o bloco europeu deu apenas sete, de acordo com levantamento do portal Our World in Data. Netanyahu, em campanha à reeleição no dia 23 de março, citou “uma cooperação internacional para a fabricação de vacinas”.

A ação dos dois membros da União Europeia ocorre em meio a críticas sobre os atrasos na solicitação, aprovação e distribuição de vacinas na região, deixando o bloco de 27 países atrás das campanhas de vacinação de Israel, Estados Unidos e Reino Unido.

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A Comissão Europeia fechou acordos com diversas farmacêuticas, assegurando mais de 2 bilhões de vacinas – o suficiente para vacinar a população de 450 milhões habitantes do bloco – mas apenas três foram autorizadas: o fármaco da Pfizer, da Moderna e AstraZeneca. Espera-se que a vacina da Johnson & Johnson seja aprovada neste mês.

A União Europeia justificou a incapacidade de atender à demanda de seus membros devido a atrasos no fornecimento de imunizantes pelos laboratórios.

Kurz, contudo, mesmo admitindo que é correto que o bloco adquira vacinas para seus Estados-membros, disse que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) é lenta em aprová-las e criticou os gargalos de abastecimento das empresas farmacêuticas. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, também criticou o programa de vacinas.

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“Eu não acho que [o programa] se sustenta sozinho, porque precisamos aumentar a capacidade. É por isso que agora temos a sorte de iniciar uma parceria com Israel”, disse na segunda-feira 1, admitindo a ação unilateral na obtenção de vacinas.

A Comissão Europeia disse que os estados membros são livres para fechar acordos à parte, assegurando que isso não vai contra a estratégia conjunta. Um número crescente de países, como Hungria e Eslováquia, já fez pedidos paralelos de vacinas da Rússia e da China, embora a EMA ainda não as tenha aprovado.

(Com EFE)

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