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Austrália descobre que Irã coordenou ataques antissemitas e expulsa embaixador do país

Sinagoga e restaurante kasher foram incendiados por indivíduos a mando da Guarda Revolucionária iraniana, segundo agência de inteligência australiana

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 ago 2025, 08h42

A Austrália expulsou o embaixador iraniano em Canberra nesta terça-feira, 26, depois que a agência de inteligência do país descobriu que o Teerã estava por trás de pelo menos dois ataques antissemitas em solo australiano.

O primeiro-ministro, Anthony Albanese, comunicou em coletiva de imprensa que a Organização de Inteligência de Segurança da Austrália (ASIO) vinculou o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã a dois ataques incendiários no ano passado, cujos alvos eram um restaurante judaico, em Sydney, e a Sinagoga Adass Israel, em Melbourne. O IRGC é uma ala de elite das Forças Armadas iranianas, considerada instrumental para reprimir dissidentes internos, bem como projetar o poder do Irã no exterior, financiando milícias em todo o Oriente Médio.

“Esses foram atos de agressão extraordinários e perigosos orquestrados por uma nação estrangeira em solo australiano”, afirmou Albanese, ao anunciar que o embaixador iraniano, Ahmad Sadeghi, e outros três funcionários da missão diplomática do Irã receberam um prazo de sete dias para deixar o país. É a primeira vez que a Austrália expulsa um embaixador estrangeiro desde a II Guerra Mundial.

Além disso, a nação da Oceania suspendeu as operações em sua embaixada no Irã para a segurança, enquanto instou cidadãos australianos a deixarem o território iraniano, com a ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, afirmando que a capacidade do governo de protegê-los seria “extremamente limitada”. Albanese afirmou que o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica também foi listado como uma organização terrorista, seguindo os mesmos passos que os Estados Unidos tomaram em 2019.

“Já disse muitas vezes que o povo australiano quer duas coisas: eles querem que a matança no Oriente Médio pare e não querem que o conflito no Oriente Médio seja trazido para cá. O Irã tem buscado fazer exatamente isso. Está tentando prejudicar e aterrorizar os judeus australianos e semear o ódio e a divisão em nossa comunidade”, acrescentou o premiê.

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Ataques antissemitas

Mike Burgess, diretor-geral da ASIO, disse que o IRGC coordenou os ataques antissemitas na Austrália, que foram então executados por “um bolo de camadas” de intermediários.

Os incidentes que a agência de inteligência australiana ligou ao Irã incluem um incêndio criminoso em outubro de 2024, no restaurante kasher Lewis’ Continental Kitchen, aberto há mais de 50 anos na Praia de Bondi, em Sydney. O segundo ocorreu na Sinagoga Adass Israel, em Melbourne, em dezembro passado, quando dois homens encapuzados foram vistos jogando gasolina dentro do templo antes de atear fogo.

Investigadores antiterrorismo em Victoria indiciaram dois homens pelo ataque a Adass. A prisão mais recente foi feita na semana passada. A polícia alega que três indivíduos invadiram e incendiaram deliberadamente a sinagoga.

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Ataques antissemitas na Austrália aumentaram desde o início da guerra Israel-Hamas. Burgess afirmou que a ASIO ainda está investigando o possível envolvimento iraniano em vários outros incidentes. “Mas quero enfatizar que não acreditamos que o regime seja responsável por todos os atos de antissemitismo na Austrália”, sublinhou ele.

O ministro do Interior australiano, Tony Burke, chamou as ações do Irã de “extraordinárias”, tendo atingido um “nível novo e totalmente inaceitável”.

Em entrevista coletiva na segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, rejeitou as acusações, chamando-as de “infundadas” e “ridículas”.

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