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Ataques de Israel em Gaza deixam 50 mortos após Netanyahu prometer ‘pressão’

Primeiro-ministro israelense afirmou que exército vai tomar áreas no enclave para abrir 'corredor de segurança'

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 abr 2025, 09h23

Ataques de Israel mataram pelo menos 55 pessoas na Faixa de Gaza, disseram autoridades locais nesta quinta-feira, 3, um dia após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometer que seu exército tomaria “grandes áreas” do enclave palestino e estabeleceria um novo corredor de segurança.

Israel prometeu intensificar a guerra com o Hamas, que corre há quase 18 meses, até que o grupo terrorista devolva os 59 reféns ainda em cativeiro, se desarme e deixe o território. Autoridades de Tel Aviv impuseram uma paralisação de um mês em todas as remessas de assistência humanitária ao enclave, incluindo aí alimentos e combustível, o que deixou os civis desamparados.

Autoridades em Khan Younis, na parte sul da faixa, disseram que os corpos de 14 pessoas foram levados para o Hospital Nasser — nove delas da mesma família. Os mortos incluíam cinco crianças e quatro mulheres. Os corpos de outras 19 pessoas, incluindo cinco crianças com idades entre 1 e 7 anos e uma mulher grávida, foram levados para o hospital europeu perto de Khan Younis, segundo médicos. Na Cidade de Gaza, 21 corpos foram levados para o hospital Ahli, incluindo os de sete crianças.

O exército israelense ordenou que os moradores de várias áreas — Shujaiya, Jadida, Turkomen e Zeytoun oriental — deixassem suas casas nesta quinta-feira, acrescentando que o exército “trabalhará com força extrema nessas áreas”. Os militares orientaram habitantes a se deslocarem para abrigos a oeste da Cidade de Gaza.

“Corredor de segurança”

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira, 2, que as forças do país estão “tomando território” e que planeja “dividir” a Faixa de Gaza, de forma a criar um corredor de segurança controlado pelo governo israelense. A declaração ocorre poucas horas após o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, anunciar que o Exército pretende expandir a guerra contra o Hamas, iniciada em outubro de 2023, a fim de tomar “grandes áreas” no enclave palestino.

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Líder de um dos partidos ultrarreligiosos de extrema direita que sustentam o governo de Netanyahu, Katz defende que Israel deve controlar o território para combater o terrorismo, uma noção que vai contra o direito internacional, além de afastar ainda mais a solução de dois estados com a criação de um país para os palestinos.

“Hoje à noite, mudamos de marcha na Faixa de Gaza. O Exército está tomando território, atacando os terroristas e destruindo a infraestrutura”, disse o premiê em declaração de vídeo. “Também estamos fazendo outra coisa – tomando a ‘rota Morag’. Esta será a segunda rota Philadelphi, outra rota Philadelphi”, acrescentou ele, referindo-se a um corredor controlado por Israel na fronteira Egito-Gaza.

“Como estamos atualmente dividindo a faixa, estamos adicionando pressão passo a passo, para que nossos reféns nos sejam entregues.”

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Morag era um assentamento judeu que ficava entre Rafah e Khan Younis. O nome sugere, portanto, que um novo corredor foi estabelecido para separar as cidades ao sul. Após a eclosão da guerra, as Forças de Defesa de Israel (FDI) passaram a controlar zonas-tampão, como são chamadas áreas desmilitarizadas que dividem dois territórios, ao redor de Gaza. Ao todo, os soldados israelenses tomaram 62 km², ou 17% do território, desde 7 de outubro de 2023.

A Autoridade Palestina, liderada por rivais do Hamas, expressou sua “completa rejeição” à medida. Sua declaração também pediu que o grupo deixasse o poder em Gaza.

O Hamas disse que só libertará os 59 reféns restantes — 24 dos quais acredita-se estarem vivos — em troca da libertação de mais prisioneiros palestinos, um cessar-fogo duradouro e a retirada do exército israelense. O grupo rejeitou as exigências para se desarmar e deixar o território.

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