Tentativa de ataque ligado ao Hamas na Europa acaba em sete prisões
Alemanha e Dinamarca detêm supostos membros do grupo terrorista palestino, que estariam planejando atos terroristas e antissemitas
Policiais comunicaram nesta quinta-feira, 13, a prisão de sete pessoas supostamente envolvidas em uma conspiração para atacar locais judaicos na Alemanha e em um possível atentado na Dinamarca. De acordo com as autoridades, os presos são supostos integrantes do Hamas.
Apesar dos anúncios terem sido feitos no mesmo dia e de um dos suspeitos figurar nos inquéritos de ambos os países, não ficou claro se as investigações estavam interligadas. Os alemães foram responsáveis por quatro prisões, duas em Berlim, de libaneses e egípcios, e uma na Holanda, segundo a procuradoria. Já os dinamarqueses detiveram três indivíduos.
Suspeita do Hamas
A premiê da Dinamarca, Mette Frederiksen, comentou que a ameaça era “tão séria quanto possível”. Para a chefe da inteligência do país, Anja Dalgaard-Nielsen, a ameaça terrorista está relacionada com a guerra Israel-Hamas e a uma série de protestos que envolveram a queima do Alcorão em território dinamarquês e na vizinha Suécia.
O indicador de risco de terrorismo na Dinamarca está no segundo nível mais elevado, e o principal temor vem de militantes islâmicos. O ministro da Justiça dinamarquês, Peter Hummelgaard, afirmou que o suposto complô “confirma tragicamente que os judeus dinamarqueses estão sob ameaça”, mas que o governo ainda não vê razão para aumentar o grau de alerta.
Em comunicado no X, antigo Twitter, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que as sete pessoas presas estavam “agindo em nome do Hamas”. Embora os procuradores federais na Alemanha tenham ligado o complô ao grupo terrorista palestino, as autoridades dinamarquesas não confirmaram a suspeita.
Europa em alerta
No início deste mês, a chefe da Comissão Europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, alertou que a Europa enfrentava um “enorme risco” de ataques terroristas durante o período do Natal. Ela atribui a ameaça crescente à polarização social enfrentada desde o início dos conflitos entre israelenses e extremistas palestinos na Faixa de Gaza.