Ataque israelense a escola no norte de Gaza deixa ao menos 19 mortos
Bombardeio atingiu centro da ONU que abriga palestinos deslocados por confrontos
Um ataque israelense a uma escola da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, nesta quinta-feira, 17, deixou pelo menos 19 palestinos mortos, incluindo crianças, informou um funcionário do Ministério da Saúde de Gaza à agência de notícias Reuters.
O bombardeio atingiu a escola Abu Hussein, que abriga pessoas deslocadas pelos confrontos, deixando outras dezenas de pessoas feridas, de acordo com o funcionário do ministério, Medhat Abbas. “Não há água para extinguir o fogo. Não há nada”, disse ele.
O chefe da unidade de emergência do ministério no norte de Gaza, Fares Abu Hamza, afirmou que o Hospital Kamal Adwan, nas proximidades, estava lutando para tratar as vítimas do ataque, com “muitas mulheres e crianças em estado crítico.”
A defesa civil de Gaza afirmou que não conseguiu recuperar os corpos de dezenas de pessoas enterradas sob os escombros de edifícios destruídos pelo ataque em Jabalia.
Os militares israelenses alegaram que o ataque tinha como alvo os combatentes do Hamas e dos grupos da Jihad Islâmica, que supostamente operavam de dentro da escola da UNRWA, sem fornecer evidências.
Ofensiva no norte de Gaza
O bombardeio à escola ocorre no 13° dia da ofensiva israelense em Jabalia. O total de mortes na região, que abriga um dos maiores campos de refugiados da guerra, já ultrapassa 200.
Na semana passada, as forças israelenses dispararam mísseis contra oito escolas que servem como abrigo para deslocados pelo conflito em Jabalia, causando outras 18 mortes.
No início do dia, ataques aéreos israelenses mataram outros 11 palestinos na cidade de Gaza, de acordo com os médicos locais.
As forças israelenses lançaram uma campanha em Gaza para destruir o Hamas em resposta ao ataque sem precedentes do grupo no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 foram feitas reféns. Mais de 42.438 pessoas foram mortas e 99.246 feridas por ataques israelenses em Gaza desde então, de acordo com o Ministério da Saúde do território.