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Astronautas americanos ficam ilhados no espaço à bordo de nave da Boeing

A viagem de retorno da Starliner foi adiada pela segunda vez devido a vazamentos de hélio e problemas nos propulsores da espaçonave

Por Da Redação
Atualizado em 26 jun 2024, 10h10 - Publicado em 26 jun 2024, 10h00

O retorno à Terra de dois astronautas americanos, tripulantes da nave espacial Starliner, da Boeing, estava marcado para esta quarta-feira, 26. No entanto, foi adiado pela segunda vez, devido a vazamentos de hélio e problemas nos propulsores da espaçonave.

Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams decolaram em 5 de junho da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, para a primeira missão tripulada da Boeing, com duração prevista de oito dias. No entanto, os americanos continuam ilhados na Estação Espacial Internacional, sem data para retornarem à Terra, enquanto engenheiros resolvem os problemas técnicos da Starliner. 

A Starliner foi lançada no espaço com um ano de atraso após duas tentativas mal sucedidas e gastos de US$1,5 bilhões (cerca de R$ 8,2 bilhões) acima do orçamento.

O que dizem a NASA e a Boeing

Apesar dos problemas técnicos, autoridades da NASA e da Boeing afirmam que os astronautas não estão presos em órbita e que a espaçonave está autorizada a se desacoplar da Estação Espacial Internacional e retornar à Terra, caso houver uma emergência ou necessidade de uma partida rápida.

“A tripulação não tem pressa para deixar a estação, uma vez que há muitos suprimentos em órbita e a programação da estação está relativamente aberta até meados de agosto”, afirmou um porta-voz da Boeing.

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A NASA afirmou que, normalmente, a nave precisa de sete horas de voo livre para retornar à Terra. Além disso, garantiu que ela “atualmente tem hélio suficiente em seus tanques para suportar 70 horas de atividade de voo livre após o desacoplamento”.

O porta-voz da Boeing acrescentou que os vazamentos de hélio e a maioria dos problemas dos propulsores estão “todos estáveis ​​e não são uma preocupação para a missão de retorno”.

“Quatro dos cinco propulsores que antes estavam desligados estão agora operando normalmente. Isso significa que apenas um dos 27 propulsores está off-line no momento. Isto não representa um problema para a missão de regresso”, disse a Boeing.

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Crise da Boeing

Os problemas técnicos da espaçonave acontecem após a Boeing passar por uma série de crises públicas com várias aeronaves comerciais. 

Em janeiro, a porta do jato Boeing 737 Max 9, da Alaska Airlines, se soltou em pleno voo, acarretando numa perda de US$12,1 bilhões (cerca de R$ 66,4 bilhões) no valor de mercado da empresa em apenas um dia. Desde então, a companhia sofreu várias denúncias de queda na qualidade. 

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