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As mensagens explosivas que aterrorizaram o Líbano

Uma sucessão de ataques de pagers deixou ao menos doze mortos e cerca de 4 000 feridos no país, quase todos civis

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 set 2024, 12h46 - Publicado em 20 set 2024, 06h00

Poderia ser o desfecho de um desses filmes de Hollywood com trama rocambolesca e final inverossímil — mas era a realidade a desbancar a ficção. Na terça-feira 17, uma sucessão de explosões de pagers deixou ao menos doze mortos e cerca de 4 000 feridos no Líbano, quase todos civis. A ação foi atribuída ao governo de Israel, que se manteve calado. O suposto plano: um atentado contra membros da organização terrorista Hezbollah, ligada ao Irã, que não para de fustigar os inimigos israelenses na fronteira norte do país de Benjamin Netanyahu. Os pagers — ou bipes, dado o ruído característico ao chegar uma mensagem — eram onipresentes nos anos 1980 e 1990, na pré-história da tecnologia, antes dos celulares. Nunca desapareceram, mas se puseram à sombra, discretos. Os dispositivos eletrônicos teriam sido adquiridos de Taiwan pelo grupo libanês como uma alternativa a smartphones que poderiam ser facilmente rastreados pelas forças de segurança de Tel Aviv. Ao que tudo indica, explosivos de última geração, pesando menos de 50 gramas, minúsculos, foram plantados dentro dos aparelhinhos e depois acionados remotamente. A mensagem das mortes por meio tão insólito e improvável é clara: a temperatura entre Israel e seus vizinhos, um ano depois do início do conflito bélico com o Hamas, cujo palco central é a Faixa de Gaza, tão cedo não esfriará. À margem das diatribes de líderes e autoridades, quem continua sofrendo é o cidadão comum. Um dia depois da detonação dos pagers, walkie-talkies explodiram no Líbano, matando ao menos vinte pessoas e deixando mais de 450 vítimas com ferimentos.

Publicado em VEJA de 20 de setembro de 2024, edição nº 2911

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