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Argentina agradece EUA, mas ignora Brasil, por resgate de venezuelanos de embaixada

Operação foi comandada pelo Departamento de Estado americano, que deixou governo brasileiro, detentor da custódia do edifício, de fora

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2025, 14h07 - Publicado em 7 Maio 2025, 13h04

O presidente da Argentina, Javier Milei, agradeceu nesta terça-feira, 6, o governo do Estados Unidos pelo resgate de venezuelanos na Embaixada em Caracas, na Venezuela, sem qualquer menção ao Brasil, que zelou pelo prédio diplomático por nove meses após a missão argentina ter sido expulsa do país. Em especial, o ultradireitista demonstrou gratidão ao secretário de Estado americano, Marco Rubio, pelo “seu compromisso pessoal nesta operação”.

“O presidente expressa o seu reconhecimento pela bem-sucedida operação que permitiu que os cinco venezuelanos refugiados na sede da Embaixada argentina na Venezuela fossem extraídos de Caracas e levados ao solo estadunidense”, disse a Casa Rosada em comunicado. “Além disso, o governo nacional valoriza profundamente os esforços realizados para garantir a segurança e o bem-estar daqueles que, por muito tempo, ficaram sob proteção argentina da perseguição do regime de Nicolás Maduro”.

Em uma nota à parte, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina expressou o “seu reconhecimento ao governo dos Estados Unidos pela bem-sucedida operação que permitiu a libertação dos asilados venezuelanos que permaneciam na sede da nossa Embaixada em Caracas”, repetindo o roteiro da Casa Rosada: “Queremos estender um agradecimento especial ao secretário de Estado, Marco Rubio, pela sua liderança e pelo seu compromisso pessoal nessa operação”.

Após a declaração de Buenos Aires, Rubio escreveu no X, antigo Twitter, que “os Estados Unidos celebram o resgate bem-sucedido de todos os reféns mantidos pelo regime de Maduro na Embaixada da Argentina em Caracas. Após uma operação precisa, todos os reféns estão agora em segurança em solo americano”.

“O regime ilegítimo de Maduro minou as instituições venezuelanas, violou os direitos humanos e colocou em risco nossa segurança regional. Expressamos nossa gratidão a todo o pessoal envolvido nesta operação e aos nossos parceiros que ajudaram a garantir a libertação segura desses heróis venezuelanos”, acrescentou o secretário de Estado dos EUA.

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A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, definiu a retirada como “uma operação impecável e épica pela liberdade de cinco heróis da Venezuela”. Nas redes sociais, ela também prometeu “libertar cada um dos nossos 900 heróis presos por essa tirania e os 30 milhões de venezuelanos”, em referência aos presos políticos.

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Quem eram os asilados

Os cinco refugiados – Magalli Meda, Pedro Urruchurtu, Claudia Macero, Omar González e Humberto Villalobos – membros da equipe de María Corina Machado, buscavam proteção na sede da embaixada da Argentina em Caracas. A medida ocorreu após o regime de Nicolás Maduro expulsar os diplomatas argentinos e aumentar a repressão contra a oposição.

Desde então, o local passou a ser protegido pelo Brasil. Contudo, o cerco imposto pelo governo venezuelano se intensificou com o corte de serviços essenciais como eletricidade e fornecimento de água potável, além da restrição do acesso a caminhões-pipa, que anteriormente abasteciam o local uma vez a cada 13 dias com 2.000 litros de água.

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