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Após Trump prometer tarifaço, Canadá ameaça cortar suprimento de energia aos EUA

Presidente eleito dos EUA quer taxas de ao menos 25% sobre produtos vindos da China, Canadá e México, como pressão pelo controle de imigração e narcotráfico

Por Da Redação 13 dez 2024, 15h44

Doug Ford, primeiro-ministro de Ontário, maior província do Canadá, alertou nesta semana que o país pode cortar o fluxo de energia para os Estados Unidos em retaliação às promessas do presidente eleito, Donald Trump, de aumentar as tarifas sobre produtos canadenses para 25%. Acredita-se que Ford tenha se referido à exportação de energia canadense aos americanos, uma vez que Ontário não é conhecida por ser uma grande província produtora de petróleo, como é o caso de outros pontos do país.

“Chegaremos ao ponto de cortar a energia deles em Michigan, no estado de Nova York e em Wisconsin”, advertiu ele na quarta-feira 11. “Os canadenses vão se machucar, mas posso garantir uma coisa: os americanos também vão sentir a dor. Isso não é lamentável?”

No final de novembro, o republicano demonstrou interesse em aplicar impostos mais altos sobre produtos vindos da China, Canadá e México, justificando a medida como forma de pressão para controlarem a imigração ilegal e o fluxo de drogas, como o fentanil, aos Estados Unidos. Os dois últimos países seriam alvo de taxas de 25%, enquanto os produtos chineses poderiam ser atingidos com tarifas ainda mais altas (durante a campanha, ele falou primeiro em 60%, depois aventou uma taxa de até 100%).

“Em 20 de janeiro, como uma das minhas muitas primeiras Ordens Executivas, assinarei todos os documentos necessários para cobrar do México e do Canadá uma tarifa de 25% sobre TODOS os produtos que entram nos Estados Unidos e suas ridículas fronteiras abertas”, postou Trump em sua rede social, a Truth. “Essa tarifa permanecerá em vigor até que as drogas, em particular o fentanil, e todos os estrangeiros ilegais parem essa invasão do nosso país!”

+ Trump promete tarifaço imediato contra produtos do México, Canadá e China

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Intensas relações energéticas

Apesar das ameaças, qualquer bloqueio canadense precisaria ser aprovado pelo governo federal. Os Estados Unidos compram energia hidrelétrica de Ontário, Quebec e Colúmbia Britânica. Dos 38,9 milhões de megawatts-hora de eletricidade importados pelo governo americano no ano passado, 33,2 milhões vieram do Canadá, segundo dados da US Energy Information Administration (EIA). Está é, no entanto, apenas uma pequena fatia do consumo de energia nos EUA – apenas 1% do total.

Ainda em 2023, Washington gastou cerca de US$ 3,2 bilhões em energia do Canadá, o que equivale a uma queda de cerca de 30% em comparação ao ano anterior. Além do protagonismo energético, o Canadá é a principal fonte de petróleo estrangeiro dos Estados Unidos, embora o país também tenha uma indústria petrolífera nacional. No ano passado, foram 1,4 milhão de barris canadenses por dia, mais da metade do total de importações americanas de de petróleo bruto.

Uma guerra comercial entre os dois países pode gerar sérios problemas para estados americanos próximos à fronteira canadense, que às vezes dependem de importações de eletricidade. Também poderia gerar dores de cabeça do outro lado da fronteira em épocas de seca, quando o Canadá tradicionalmente recorre aos Estados Unidos devido à queda de produção nas hidrelétricas.

“As linhas de transmissão de energia que ligam os Estados Unidos e o Canadá são parte de um sistema de energia complexo e altamente interconectado, com conexões que abrangem a Nova Inglaterra até o noroeste do Pacífico”, destacou a EIA em relatório.

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