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Após Trump insinuar invasão, líder da Groenlândia se reúne com rei da Dinamarca

Presidente eleito dos EUA disse que não descartaria uso de força militar para incorporar território dinamarquês no Ártico

Por Redação Atualizado em 8 jan 2025, 09h13 - Publicado em 8 jan 2025, 09h12

O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, se encontrará com o rei da Dinamarca em Copenhague nesta quarta-feira, 8, depois que o presidente eleito americano, Donald Trump, sugeriu que não descartaria o uso de força para incorporar a ilha do Ártico, um território dinamarquês autônomo, aos Estados Unidos.

Trump, que será empossado em 20 de janeiro, já havia indicado anteriormente que tem interesse em que o governo americano compre a Groenlândia (em 2019, durante seu primeiro mandato, chegou a cancelar uma visita à Dinamarca depois do governo local afirmar que não venderia parte de seu território soberano). Na terça-feira 7, ele declarou que considera inclusive ações militares, ou econômicas, para tornar a ilha parte dos Estados Unidos (bem como o Canal do Panamá). No mesmo dia, seu filho, Donald Trump Jr., fez uma visita pessoal à região dinamarquesa.

O primeiro-ministro Egede, líder de um partido de esquerda que apoia a futura independência da Dinamarca, chegou a Copenhague na noite de terça-feira. Antes de sua partida, ele havia anunciado que uma reunião com o rei Frederik, agendada para esta quarta-feira, havia sido adiada sem explicação, mas a corte real dinamarquesa reiterou que a agenda está de pé, sem dar mais detalhes.

Tensão com a Dinamarca

A Groenlândia, onde vivem 57 mil pessoas, faz parte da Dinamarca há 600 anos, mas hoje controla a maioria de seus assuntos domésticos como um território semi-soberano sob o reino dinamarquês. Suas relações com a nação europeia têm se tornado cada vez mais tensas, devido a uma série de alegações de má gestão do território e maus-tratos à população local durante o domínio colonial.

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, disse na terça-feira que não acredita que as ambições de Trump levariam à intervenção militar dos Estados Unidos na Groenlândia.

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A Dinamarca é responsável pela segurança e defesa do território, mas suas capacidades militares no Ártico são limitadas a quatro embarcações de inspeção, um avião de vigilância Challenger e patrulhas de trenós puxados por cães.

Em resposta à ameaça de Trump para coagir o governo dinamarquês a vender a Groenlândia com um tarifaço, Frederiksen afirmou que uma guerra comercial com os Estados Unidos não é o melhor caminho a seguir para nenhum dos lados. A Dinamarca é o lar da Novo Nordisk, a empresa mais valiosa da Europa, que fabrica o medicamento para perda de peso Ozempic, que se tornou extremamente popular entre os americanos.

“Não estamos à venda”

Ainda assim, as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos abalou os aliados menos de duas semanas antes de ele assumir o poder.

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“Obviamente, a União Europeia não deixaria outras nações do mundo atacarem suas fronteiras soberanas, sejam elas quem forem”, disse o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noel Barrot, à rádio France Inter. “Somos um continente forte.”

O líder da Groenlândia, Egede, reiterou que a ilha não está à venda. Em seu discurso de Ano Novo, ele intensificou sua pressão pela independência do território. A Dinamarca também afirmou que não vai vender a região e que apenas os groenlandeses podem decidir seu destino.

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