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Após polêmica de Ruanda, Reino Unido deporta 46 pessoas ao Vietnã e Timor Leste

Voos destinados para transportar imigrantes ilegais são usados para tirar do país criminosos estrangeiros e infratores da lei de imigração

Por Da Redação
25 jul 2024, 16h00

O novo governo trabalhista do Reino Unido afirmou nesta quinta-feira, 25, que deportou 46 pessoas para o Vietnã e Timor Leste, abandonando o plano da administração conservadora de enviar imigrantes ilegais para Ruanda.

Agora, segundo a Secretária do Interior, Yvette Cooper, os voos inicialmente destinados a transportes os imigrantes sem documentos para o país africano vão servir para deportar criminosos estrangeiros e infratores da lei de imigração. O voo fretado, que decolou nesta quarta-feira, 24, é o primeiro para Timor Leste e Vietnã desde 2022.

“O voo de hoje mostra que o governo está tomando medidas rápidas e decisivas para proteger nossas fronteiras e trazer de volta aqueles que não têm o direito de estar aqui”, comentou Cooper.

Segundo a secretária, o esquema de enviar os imigrantes a Ruanda, que tinha como objetivo impedir que eles fizessem a travessia pelo Canal da Mancha vindo de pequenos barcos do norte da França, era um dos “desperdícios mais chocantes de dinheiro dos contribuintes”.

Mudança de planos

Desde que o Partido Trabalhista foi eleito no início de julho, com Keir Starmer se tornando o primeiro-ministro do Reino Unido, os planos dos conservadores de enviar os imigrantes ilegais para Ruanda foram descartados. Anteriormente, a Suprema Corte tinha considerado o ato ilegal, segundo o direito internacional. O ex-premiê Rishi Sunak planejou que os primeiro voos decolassem este mês.

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Ao todo, os conservadores gastaram 700 euros no esquema. Até o momento, apenas quatro imigrantes se mudaram voluntariamente para Ruanda. O governo Sunak planejava gastar mais de 10 bilhões de euros com o orçamento do esquema.

A nova abordagem do Partido Trabalhista é priorizar o retorno dos requerentes de asilo rejeitados para países considerados seguros. O Reino Unido também quer criar uma cooperação mais estreita com países europeus parceiros para acabar com o tráfico de pessoas que chegam por meio do Canal da Mancha, que apenas neste ano levaram 16 mil pessoas para território britânico.

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