Após noite de revolta, partido do governo de Israel adia reforma judicial
A legenda Poder Judaico, parte da coalizão de extrema direita no poder, afirma que votação do plano ocorrerá somente após recesso da Páscoa
O Partido Poder Judaico, parte da coalizão de extrema direita que governa Israel, comunicou nesta segunda-feira, 27, que a votação sobre uma polêmica reforma judicial no país será suspensa até a próxima sessão do Knesset, parlamento israelense.
Segundo a legenda sob o comando do radical Itamar Ben-Gvir, atual ministro da Segurança Nacional, os parlamentares farão uma decisão sobre a reforma após o recesso da Páscoa em abril. Como parte do acordo de adiamento, uma Guarda Nacional sob o ministério de Ben-Gvir será estabelecida, disse o o partido em comunicado.
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Ben-Gvir insistiu, contudo, que a lei de revisão judicial ainda será votada no próximo mandato do parlamento, acrescentando que tem “o compromisso do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de que a legislação será levada ao Knesset para aprovação na próxima sessão se nenhum acordo for alcançado durante o recesso”.
A próxima sessão do Knesset vai de 30 de abril a 30 de julho. Netanyahu ainda não comentou sobre um possível atraso.
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A declaração ocorre enquanto partes de Israel foram paralisadas depois que a maior organização sindical do país anunciou uma greve “histórica” nesta segunda-feira para protestar contra o plano. Trabalhadores de vários setores aderiram à greve, fechando transportes, universidades, restaurantes e lojas.
As greves e protestos em massa foram provocados pela decisão de Netanyahu de demitir seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, depois que ele pediu que a tramitação do projeto fosse pausada, devido ao risco à segurança nacional de Israel caso medida avançasse no parlamento.
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De acordo com as propostas para o sistema judicial, o governo teria controle sobre a nomeação de juízes e o parlamento ganharia o poder de anular as decisões da Suprema Corte. Críticos dizem que o plano ameaça os alicerces da democracia israelense.