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Após deixar governo dos EUA, Musk diz que plano de corte de gastos de Trump é ‘repugnante’

Trata-se de uma mudança de tom, embora Musk já tenha destinado críticas ao republicano enquanto ainda estava à frente do DOGE

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 jun 2025, 18h33 - Publicado em 3 jun 2025, 17h29

Poucos dias após deixar o governo dos Estados Unidos, o magnata Elon Musk definiu nesta terça-feira, 3, o projeto de lei de corte de impostos e gastos do presidente Donald Trump como uma “abominação repugnante”. Trata-se de uma mudança de tom, embora Musk já tenha destinado críticas ao republicano enquanto ainda estava à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). Na sexta-feira, 30, o empresário saiu da administração Trump sob elogios do líder americano.

“Sinto muito, mas simplesmente não aguento mais. Este projeto de lei de gastos do Congresso, gigantesco, ultrajante, cheio de desperdícios, é uma abominação repugnante. Vergonha para aqueles que votaram a favor: vocês sabem que fizeram algo errado. Vocês sabem disso”, escreveu Musk no X, antigo Twitter, rede social da qual é dono. “Ele aumentará massivamente o já gigantesco déficit orçamentário para US$ 2,5 trilhões (!!!) e sobrecarregará os cidadãos americanos com uma dívida esmagadora e insustentável.”

Em resposta, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que “o presidente já sabe a posição de Elon Musk em relação a este projeto de lei”, mas contrapôs: “Isso não muda a opinião do presidente. Este é um projeto de lei grande e bonito, e ele está se apegando a ele”. O presidente da Câmara, Mike Johnson, também discordou do “amigo Elon” e afirmou que ele está “terrivelmente errado”. Johnson informou que telefonou para o bilionário para explicar as “virtudes” do projeto de lei.

“E ele pareceu entender isso (os benefícios da proposta)“, alegou o líder da Câmara. “Mas, para mim, é muito decepcionante, muito surpreendente, considerando a conversa que tive com ele ontem, que ele tenha vindo aqui e criticado todo o projeto.”

“Não é nada pessoal”, acrescentou ele. “Só lamento profundamente que ele tenha cometido esse erro.”

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Na semana passada, Musk criticou o plano de gastos do governo dos EUA e relatou estar “decepcionado” com a resposta aos esforços federais de cortes feitos pelo DOGE. Em entrevista à emissora americana CBS News, ele argumentou que o projeto da administração Trump era caro e “prejudicaria” a tentativa de tornar governo mais “eficiente”, um dos principais objetivos da força-tarefa antes comandada pelo empresário.

+ Na saída de Musk, Trump diz que bilionário ‘vai ficar indo e voltando’

Saída de Musk

Trump formalizou nesta sexta-feira, 30, a saída de Musk numa reunião no Salão Oval, na Casa Branca. No encontro, o republicano frisou, em diferentes momentos, a sua admiração pelo bilionário e seu sucesso como fundador da empresa de veículos elétricos Tesla. Trump também deu a chave da Casa Branca ao consigliere e agradeceu a ele por liderar a força-tarefa.

“Elon realmente não vai embora, ele vai ficar indo e voltando, eu acho”, disse Trump. “Tenho a sensação de que é o bebê dele e acho que ele fará muitas coisas.”

Musk, por sua vez, concordou e afirmou que “este não é o fim do DOGE, mas sim o começo”, acrescentando: “Continuarei visitando aqui e sendo amigo e conselheiro do presidente”. Quando questionado sobre sua maior dificuldade no governo, ele opinou que “é simplesmente muito trabalho”, numa mudança de atitude em relação a declarações anteriores, quando alegou que sua equipe poderia facilmente encontrar 1 trilhão de dólares em cortes no orçamento.

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