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Após colapso de coalizão governista, Scholz pede ao Parlamento que permita eleições antecipadas

Se perder votação, chanceler deve dissolver Parlamento com aval do presidente Frank-Walter Steinmeier; espera-se que pleito seja realizado em 23 de fevereiro

Por Da Redação
16 dez 2024, 12h06

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, pediu nesta segunda-feira, 16, que o Parlamento aprove uma moção de desconfiança contra o seu próprio governo para abrir caminho para eleições antecipadas. Em discurso à Bundestag, o chanceler afirmou que a ida às urnas permitiria que a população decida os rumos do país — que, segundo ele, está dividido em maiores investimentos ou maiores cortes, como demandam os conservadores.

“Falta de visão pode economizar dinheiro no curto prazo, mas a hipoteca sobre o nosso futuro é insustentável”, argumentou Scholz aos parlamentares.

Se perder a votação, Scholz deve dissolver o Parlamento com o aval do presidente Frank-Walter Steinmeier. Com isso, espera-se que a eleição seja realizada em 23 de fevereiro. Em meio à instabilidade, o chanceler apresentou um conjunto de medidas urgentes que podem ser aprovadas antes do desmonte da Budestag, como o corte de 11 bilhões de euros (cerca de R$ 69 bilhões) em impostos e o aumento dos benefícios para crianças, em formato de subsídios para as famílias.

O cenário ainda é de incertezas para Scholz. Acredita-se que o Partido Social-Democrata da Alemanha, do chanceler, assinale que tem confiança no atual governo. Em contrapartida, os conservadores da oposição e os Democratas Livres devem aprovar a moção. Por sua vez, o ultradireitista Alternativa para a Alemanha, isolado no Parlamento, pode ser um fator surpresa.

Com o apoio dos verdes, do partido governista e da extrema direita, Scholz pode se ver numa encruzilhada, um tanto quanto constrangedora: permanecer no poder através de uma sigla de considera antidemocrática. Essa alternativa também poderia motivar seu pedido de renúncia, o que abriria, de qualquer maneira, caminho para eleições antecipadas.

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Queda de coalizão

A turbulência começou quando o chanceler, do Partido Social-Democrata (de centro-esquerda), demitiu seu ministro das Finanças, Christian Lindner, do Partido Democrático Liberal (de centro-direita), depois de meses de disputa sobre como preencher um buraco multibilionário no orçamento nacional. A legenda de Lindner, por sua vez, abandonou a coalizão, que também conta com o Partido Verde, deixando-a sem maioria parlamentar.

O Partido Social-Democrata, o Partido Democrático Liberal e o Partido Verde governavam juntos desde 2021, a primeira coalizão de três pilares em nível federal na Alemanha. O atrito entre as legendas se agravou nos últimos meses devido à saúde financeira do país – a maior economia da Europa deve encolher pelo segundo ano consecutivo e em meio à atual volatilidade geopolítica, com guerras na Ucrânia e no Oriente Médio.

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