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Após ‘Alcatraz dos Jacarés’, Flórida anuncia segundo centro de detenção de imigrantes

Nova prisão reforça endurecimento das políticas migratórias no estado

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 ago 2025, 17h18

O governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou nesta quinta-feira, 14, a abertura de um segundo centro estadual para detenção de imigrantes, apelidado por ele de “depósito de deportação”. A unidade será instalada na desativada Baker Correctional Institution, prisão fechada em 2021 na zona rural de Sanderson, com capacidade inicial para 1.300 detentos e possibilidade de expansão para 2 mil.

O projeto, estimado em US$ 6 milhões (cerca de R$ 32,5 milhões), será integralmente reembolsado pelo governo federal, segundo DeSantis. A escolha do local considerou a proximidade do aeroporto de Lake City, o que permitirá o transporte aéreo rápido de grandes grupos de detidos.

“Há uma demanda para isso, e acho que será plenamente atendida”, afirmou o governador, que mantém alinhamento estreito com o presidente Donald Trump na política migratória, sem apresentar dados.

Inicialmente, DeSantis havia sugerido Camp Blanding, base de treinamento da Guarda Nacional, como possível local, mas a pista de pouso não comportaria aeronaves grandes o suficiente para transportar muitos detentos.

O novo centro seguirá o modelo da primeira unidade estadual, a chamada “Alcatraz dos Jacarés”, inaugurada em julho com a presença de Trump. Localizada nos Everglades, em um antigo aeródromo militar, a instalação é formada por contêineres e tendas cercados por alambrados, com capacidade para até 5 mil pessoas. O governo destaca o isolamento geográfico — está literalmente no meio de um pântano cercado por jacarés, crocodilos e cobras — como medida para dificultar fugas, mas a unidade enfrenta críticas sobre custos, condições precárias e impacto ambiental.

Atualmente, a “Alcatraz” está no centro de disputas judiciais. Ambientalistas e líderes indígenas acusam o governo de ameaçar ecossistemas frágeis e violar terras sagradas. Um juiz federal chegou a suspender as obras por 14 dias, citando riscos à biodiversidade e poluição luminosa e sonora. Organizações de direitos humanos denunciam ainda que o isolamento dificulta o acesso a advogados e aumenta o risco de abusos e negligência.

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