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Antes ‘suspeita’, AfD é rotulada de força ‘extremista de direita confirmada’ na Alemanha

Agência de espionagem do país aumenta vigilância do partido que ficou em segundo lugar na última eleição

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 Maio 2025, 09h26

O serviço de inteligência alemão classificou a Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema direita e principal oposição no país, como uma força “confirmada de extrema direita” nesta sexta-feira, 2. Foi um degrau acima da avaliação anterior, de que a legenda é uma ameaça “suspeita” à ordem democrática, o que significa que as autoridades agora podem intensificar sua vigilância, enquanto críticos pedem a proibição da sigla.

O Departamento Federal para a Proteção da Constituição (BfV) considerava, desde 2021, filiais regionais da AfD em três estados do leste do país “extremistas confirmadas”. Com sede em Colônia, o órgão agora afirmou ter concluído que a “compreensão étnica e ancestral” da identidade alemã defendida pelo partido é “incompatível com a ordem básica democrática e livre” estabelecida na Constituição.

A legenda “visa excluir certos grupos populacionais da participação igualitária na sociedade, submetê-los a um tratamento desigual inconstitucional e, assim, atribuir-lhes um status legalmente desvalorizado”, afirmou a agência de espionagem.

A decisão suspende restrições às medidas de monitoramento do partido, incluindo grampos telefônicos, observação de suas reuniões e recrutamento de informantes secretos.

Ganha terreno

A AfD tem enfrentado crescentes pedidos de opositores para sua proibição, sob a alegação de que busca minar os valores democráticos, incluindo a proteção dos direitos das minorias. A medida pode ser solicitada por qualquer uma das casas do parlamento – o Bundestag ou o Bundesrat – ou pelo próprio governo.

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Friedrich Merz, líder da União Democrata Cristã (CDU), deve tomar posse como próximo chanceler da Alemanha na próxima terça-feira, após sua legenda conservadora vencer as eleições de fevereiro. A AfD ficou em segundo lugar, com pouco mais de 20% dos votos. No entanto, a CDU perdeu terreno desde a votação – diversas pesquisas de opinião recentes mostram a AfD em primeiro lugar nas intenções de voto.

Merz liderará um governo de centro-direita com o Partido Social Democrata (PSD). O acordo de coalizão proíbe qualquer cooperação explícita ou tácita com a AfD, uma política que todos os principais partidos consideram um “firewall” para proteger a democracia alemã.

A AfD conquistou um número recorde de assentos do Parlamento, o que teoricamente lhe dá o direito de presidir várias comissões parlamentares importantes, embora ainda precise do apoio de outros partidos.

Analistas afirmam que o novo governo terá uma janela limitada para reconquistar a confiança dos eleitores, sob o risco de a AfD, que tem cerca de 51 mil membros, vencer as próximas eleições gerais, previstas para 2029. O partido obteve fortes ganhos no último ano, impulsionados pela frustração dos eleitores com a política de imigração e uma economia em crise.

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