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Aliados denunciam prisão de líder opositora venezuelana María Corina Machado

Tiros teriam sido disparados, mas não há relatos de feridos

Por Da Redação
Atualizado em 9 jan 2025, 17h03 - Publicado em 9 jan 2025, 17h00

A oposição da Venezuela denunciou nesta quinta-feira, 9, a prisão da líder María Corina Machado na saída de uma manifestação em Caracas. Tiros teriam sido disparados, mas não há relatos de feridos.

Em publicação nas redes sociais, a campanha opositora afirma que “María Corina foi violentamente interceptada após saída de manifestação em Chacao”, uma região de Caracas. “Esperamos confirmar em minutos a situação. Agentes do regime dispararam contra as motos que a transportavam”.

O governo deteve vários políticos e ativistas, incluindo um ex-candidato presidencial. Nesta semana, o gabinete do procurador-geral disse ter libertado mais de 1.500 das 2.000 pessoas que foram detidas durante os protestos que irromperam após as eleições.

María Corina Machado, a figura da oposição mais popular do país, que foi impedida de concorrer pelo Judiciário pró-Maduro em 2024, não saia às ruas desde agosto, quando se escondeu do governo – sob ameaça de prisão, e alvo de duas investigações da procuradoria-geral, acredita-se que ela estivesse escondida em alguma embaixada em Caracas.

Partidos de oposição ao regime da Venezuela e seus apoiadores prepararam protestos em todo o país nesta quinta-feira contra a posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandado de seis anos, marcada para a sexta-feira. Críticos dentro do país, grande parte da comunidade internacional e organizações independentes consideram que sua reeleição foi ilegítima e marcada por fraude.

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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e o Supremo, ambos pró-Maduro, atestaram que ele, cuja presidência foi marcada por uma profunda crise econômica e social na Venezuela, venceu a votação de julho por 51% a 42%, embora nunca tenham oferecido evidências, ao se recusarem a publicar as atas eleitorais e os resultados desagregados. Já a oposição diz que seu candidato, Edmundo González Urrutia, ganhou com cerca de 67% dos votos, contra menos de 30% do ditador, com base no que diz ser 80% dos boletins de urna resgatados por fiscais.

Machado, 57 anos, pediu que manifestantes inundassem as ruas em atos pacíficos e convocou a polícia e o Exército — que também estão a serviço do chavismo — a apoiar a vitória de Gonzalez.

Maduro, 62, está no poder desde 2013. Ele tem o apoio inconteste de líderes das forças armadas e dos serviços de inteligência, que são comandados por aliados próximos do poderoso ministro do Interior, Diosdado Cabello, responsável pela repressão.

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“Estou convencido de que nada vai acontecer”, disse Cabello na televisão estatal na segunda-feira, 6. “Mas isso não significa que vamos baixar a guarda.”

Com benefícios financeiros pela conexão com Maduro, os militares não devem mudar de lado. É a avaliação de especialistas e do BancTrust, um banco de investimento de Londres. “Uma rebelião militar de apenas certas alas do Exército implicaria riscos significativos para os envolvidos, diminuindo assim os incentivos para participar”, escreveu em declaração.

O governo aumentou a segurança e a presença militar em Caracas, especialmente perto do palácio presidencial Miraflores. Além disso, a sigla de Maduro, o Partido Socialista Unido da Venezuela, deve realizar uma marcha rival.

González, que esteve em uma turnê pelas Américas nesta semana, se reunindo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro, prometeu retornar à Venezuela, mas não explicou como. Ele é alvo de um mandado de prisão por suposta conspiração, o que motivou sua fuga do país em setembro.

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