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Alemanha deporta 28 afegãos após endurecer leis de imigração

Novo pacote de segurança foi anunciado em resposta ao um ataque a facadas na semana passada, cujo principal suspeito é um refugiado de 25 anos

Por Da Redação 30 ago 2024, 15h18

Um voo de deportação com destino ao Afeganistão, transportando 28 cidadãos afegãos, deixou a Alemanha na manhã desta sexta-feira, 30. A operação acontece um dia após o governo alemão anunciar o endurecimento das leis de imigração, incluindo concessões de asilo a estrangeiros, em resposta a um ataque a facadas na semana passada cometido por um refugiado.

Essa foi a primeira deportação de afegãos pela Alemanha desde que o Talibã retomou o poder no Afeganistão, em agosto de 2021.

“Criminosos condenados”

Em entrevista à emissora americana CNN, um porta-voz do Ministério do Interior da Saxônia disse que o avião com 28 pessoas a bordo decolou de Leipzig pouco antes das 7h do horário local (2h em Brasília), e aterrissou em Cabul, capital afegã, nesta tarde. Segundo ele, os passageiros do voo são “criminosos condenados” de diversos estados da Alemanha, selecionados pelo Ministério do Interior.

Rastreadores de voo confirmam que um Boeing 787 da Qatar Airlines partiu de Leipzig às 6h55, com destino a Cabul.

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De acordo com a revista alemã Der Spiegel, as deportações são resultado de meses de negociações e planejamento. Cada deportado, todos eles homens, teria recebido um pagamento de 1.000 euros (aproximadamente R$ 5.500, na cotação atual), segundo a revista. O porta-voz do Ministério do Interior da Saxônia não confirmou a informação.

Ataque a facadas

Em coletiva de imprensa, o porta-voz do governo, Steffen Hebestreit, disse que autoridades fizeram “esforços intensos” para deportar imigrantes que cometeram crimes graves de volta ao Afeganistão e à Síria após um ataque a facadas na cidade de Mannheim, no final de maio. Ele enfatizou a jornalistas que Berlim não estava em negociações diretas com o Talibã.

O ataque em Mannheim resultou na morte de um policial e feriu várias pessoas. O principal suspeito foi identificado como um refugiado afegão de 25 anos, e autoridades alemãs apontaram que ele foi motivado a cometer o atentado por “extremismo islâmico”.

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Pouco depois, no dia 23 de agosto, mais três pessoas foram mortas a facadas durante outro ataque a um festival de rua na cidade de Solingen. O suspeito, um homem sírio de 26 anos com alegadas ligações ao Estado Islâmico, já havia sido deportado anteriormente e se rendeu, confessando o ataque, segundo a polícia.

O incidente em Solingen provocou intenso debate na Alemanha sobre imigração e gerou críticas à coalizão governamental liderada pelo chanceler Olaf Scholz, além de fortalecer a extrema direita antes das eleições estaduais deste fim de semana. Em resposta, o governo anunciou novas medidas de segurança para acelerar a deportação de solicitantes de asilo, cujos pedidos foram rejeitados, e imigrantes sem documentos, além de endurecer as leis sobre compra e porte de armas de fogo.

Durante uma visita a Solingen, Scholz afirmou que o governo fará “tudo o que puder” para garantir a repatriação de indivíduos não autorizados a permanecer no país. A ministra do Interior, Nancy Faeser, comprometeu-se a acelerar as deportações, reduzir o fluxo de imigração irregular e fortalecer o combate ao extremismo islâmico.

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