Alckmin se sentou perto de Haniyeh horas antes de líder do Hamas ser morto
Chefe político do grupo terrorista palestino foi alvo de ataque enquanto estava em Teerã; líder supremo iraniano promete vingança
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) participou, na terça-feira 30, da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. No evento, ele sentou-se a três cadeiras de Ismail Haniyeh, líder político do grupo terrorista palestino Hamas, que morreu na madrugada desta quarta-feira, 31, alvo de um ataque aéreo.
O Hamas acusou Israel pelo bombardeio contra uma residência para veteranos de guerra que matou Haniyeh e um segurança e prometeu vingança. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, também prometeu uma “punição severa” contra Israel.
“O regime sionista criminoso e terrorista martirizou nosso querido hóspede em nossa casa e nos deixou enlutados”, disse Khamenei em declaração nesta quarta-feira, acrescentando que Israel “também preparou o terreno para uma punição severa para si mesma”.
O líder supremo, que é o principal arquiteto de todas as políticas iranianas, disse que era “dever” de seu país vingar o assassinato de Haniyeh e proclamou três dias de luto nacional. Uma cerimônia fúnebre será realizada no Irã na quinta-feira, dia 1º, após a qual o corpo será transferido para Doha, no Catar, segundo comunicado do Hamas em seu canal no aplicativo de mensagens Telegram. O enterro será na capital catari, na sexta-feira.
Tensões aumentam
Israel ainda não se manifestou sobre a morte do chefe do Hamas. O país iniciou uma guerra na Faixa de Gaza com o objetivo de eliminar o Hamas depois do ataque terrorista contra seu território em outubro do ano passado. Na terça-feira, um ataque aéreo realizado pelo governo israelense em Beirute, capital do Líbano, matou um comandante do Hezbollah.
O ataque em solo iraniano aumenta o temor de um conflito em maior escala no Oriente Médio. O novo presidente do Irã condenou o ataque e afirmou que o país vai defender “sua integridade territorial, sua honra, orgulho e dignidade”.
Em abril, um ataque israelense ao consulado do Irã na capital síria, Damasco, matou 13 pessoas, incluindo um comandante da Guarda Revolucionária. Teerã respondeu lançando uma salva de mísseis e drones em território israelense.