Último mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Agência nuclear da ONU alerta que 2,5 toneladas de urânio sumiram na Líbia

Chefe da Agência Internacional de Energia Atômica diz que desaparecimento do material representa risco radiológico e de segurança nuclear

Por Da Redação
16 mar 2023, 09h04

Inspetores nucleares das Nações Unidas descobriram, segundo divulgado nesta quinta-feira, 16, que aproximadamente 2,5 toneladas de urânio natural desapareceram na Líbia, dentro de uma área que não está sob controle do governo.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, comunicou que os inspetores constataram na terça-feira que 10 tambores contendo concentrado de minério de urânio “não estavam presentes como declarado anteriormente”.

Grossi acrescentou que AIEA realizará outras vistorias “para esclarecer as circunstâncias da remoção do material nuclear e sua localização atual”, mas não forneceu mais detalhes sobre o local de onde o urânio desapareceu.

+ ONU encontra urânio perto do nível de bomba nuclear em usina iraniana

Em seu estado natural, o urânio não pode ser usado para produção de energia ou combustível para bombas atômicas, já que o processo de enriquecimento requer que o metal seja convertido em gás e, depois, acelerado em centrífugas para atingir os níveis de energia necessários.

Continua após a publicidade

No entanto, cada tonelada de urânio natural, se obtida por um grupo com meios e recursos tecnológicos, pode ser refinada para 5,6 kg de material para armas nucleares, dizem os especialistas da agência das Nações Unidas. Ou seja – encontrar o metal perdido é vital para a não-proliferação desses perigosos artefatos bélicos.

+ Decisão da Rússia de suspender acordo nuclear é ‘irresponsável’, dizem EUA

A descoberta é fruto de uma fiscalização atrasada. Inicialmente prevista para o ano passado, “teve de ser adiada por causa da situação de segurança na região” e foi finalmente realizada na terça-feira, segundo disse Grossi em comunicado.

“A perda de conhecimento sobre a localização atual do material nuclear pode apresentar um risco radiológico, bem como preocupações de segurança nuclear”, afirmou, acrescentando que chegar à área de onde o urânio desapareceu exigia “logística complexa”.

Continua após a publicidade

+ Forças rebeldes atacam com drone na Líbia e matam 42

Em 2003, a Líbia, sob o então líder Muammar Gaddafi, renunciou ao seu programa de armas nucleares, depois de obter centrífugas que poderiam enriquecer urânio, bem como projetar uma bomba nuclear, embora tenha feito pouco progresso para realmente construí-la.

O país africano está atolado em uma crise política desde a queda de Gaddafi, em 2011. Ao longo da última década, foi tomado por uma miríade de milícias que brigam entre si, apoiadas por potências estrangeiras.

A Líbia continua dividida entre um governo nominalmente interino na capital, Trípoli, no oeste, e outro no leste, apoiado pelo militar Khalifa Haftar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.