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Acusado de assassinar ex-premiê japonês Shinzo Abe se declara culpado

Declaração de Tetsuya Yamagami foi dada durante primeira audiência do caso. Ele teria cometido crime por rancor contra instituição religiosa

Por Flávio Monteiro
28 out 2025, 10h49

O réu acusado de assassinar Shinzo Abe, ex-primeiro-ministro do Japão, se declarou culpado durante a primeira audiência do caso, realizada no Tribunal Distrital de Nara, nesta terça-feira, 28. O crime aconteceu em 2022, quando o antigo premiê discursava durante a campanha para as eleições daquele ano.

“É verdade que fiz isso”, declarou Tetsuya Yamagami, de 45 anos. Segundo a emissora pública japonesa NHK, o atirador aparentava estar calmo, vestido com moletom preto e calças cinzas, com o cabelo comprido preso para trás. Ele é acusado de assassinato, violação da Lei de Controle de Espadas e Armas de Fogo, entre outros crimes.

No entanto, o advogado do réu apontou que irá contestar algumas das acusações, como a violação da Lei de Armas, uma vez que aquela usada por Yamagami era artesanal. De acordo com a imprensa local, o armamento usado no ataque foi uma espingarda caseira, de fabricação grosseira. Caso seja bem-sucedido, a sentença do atirador pode ser reduzida. Segundo a promotoria, o assassino teria montado 10 armas do tipo.

Durante o interrogatório, Yamagami afirmou ter cometido o crime devido a um grande ressentimento contra a Igreja da Unificação, uma organização religiosa oriunda da Coreia do Sul. Ele culpava Abe por promover a instituição, da qual sua mãe era fiel e, devido a doações financeiras constantes, teria levado sua família à falência.

Após o encerramento da primeira sessão do tribunal, outras 17 audiências serão marcadas até o final do ano. A corte pretende colher depoimentos de um acadêmico familiarizado com a Igreja da Unificação, um advogado que trabalha com questões referentes a doações para a entidade, e a própria mãe de Yamagami. É esperado que um veredito seja proferido até o dia 21 de janeiro.

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A morte de Shinzo Abe aconteceu em 8 de julho de 2022, enquanto o ex-premiê discursava durante um evento de campanha para a Câmara dos Vereadores na cidade de Nara, no oeste do país. Abe foi baleado em frente à estação Kinetsu Yamato-Saidaiji. Ele chegou a ser transportado para o hospital de helicóptero, mas não resistiu aos ferimentos. Morador da cidade, Tetsuya Yamagami foi preso no local do ataque.

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Igreja da Unificação

Criada em 1954 na Coreia do Sul, a Igreja da Unificação é conhecida por promover casamentos em massa no Japão. A instituição, conhecida oficialmente como Federação das Famílias para a Paz Mundial e Unificação, foi fundada por Sun Myung Moon e apresenta uma variação da teologia cristã que vê o líder como o novo messias.

A instituição é conhecida por sua capacidade de angariar recursos financeiros, principalmente em terras nipônicas, de onde se originam 70% dos fundos que administra. Uma parte relevante desses recursos é oriunda de seus fiéis, que fazem doações para “ajudar a elevar o espírito” de familiares e pessoas queridas falecidas.

O assassinato de Abe desencadeou uma série de reportagens a respeito da igreja na mídia japonesa. As publicações alegavam que inúmeros parlamentares do Partido Liberal Democrata (PLD), sigla que governa o país, tinham profundas ligações com a organização, levando ao estabelecimento de um inquérito para averiguar as acusações.

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