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A proteção do governo Trump a um condenado por triplo assassinato na Venezuela

Homem venezuelano-americano estava preso em Caracas desde 2018. Ele foi solto por Washington numa troca de prisioneiros com o governo Maduro

Por Redação Atualizado em 25 jul 2025, 10h50 - Publicado em 25 jul 2025, 10h47

Um homem condenado por homicídio triplo foi liberto junto a outros dez prisioneiros de nacionalidade americana, repatriados da Venezuela aos Estados Unidos em 18 de julho, em uma troca de prisioneiros que envolveu, do outro lado, 252 cidadãos venezuelanos.

Dahud Hanid Ortíz, de 54 anos, foi condenado pela Justiça venezuelana a 30 anos de prisão por matar duas funcionárias e um cliente de um escritório de advocacia em Madri, na Espanha, em 2016. Após o crime, ele teria incendiado o local e fugido para a Alemanha. Um tempo depois, retornou à Venezuela, sua terra natal, onde foi preso em 2018.

O americano-venezuelano desembarcou no Texas no dia 18 de julho, sorrindo para as câmeras junto aos demais libertados no acordo entre Washington e Caracas. Sua presença entre o grupo foi detectada primeiro por meios de comunicação espanhóis, que trouxeram o episódio a público.

O governo do presidente Donald Trump se recusou a revelar o paradeiro de Ortíz, que foi visto pela última vez em San Antonio, no Texas, ou mesmo explicar qual a razão para um homicida condenado ter sido incluído na troca de presos. Uma fonte anônima disse ao jornal americano The Washington Post que o homem estava solto nos Estados Unidos e não havia sofrido qualquer reprimenda das autoridades.

A falta de informações sobre o indivíduo vem aterrorizando as famílias. “Neste momento, ninguém sabe o paradeiro de Dahud. Então o medo é real, não é?”, disse o advogado espanhol Victor Joel Salas Covese, que foi alvo de Hanid Ortíz em 2016, ao Post.

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Há suspeitas de que o governo falhou em identificar e barrar Ortíz antes de permitir seu embarque no voo que partiu de Caracas para o Texas. “Parece que ninguém o estava verificando de perto”, disse um funcionário. O caso elevou a tensão no Departamento de Estado americano e causou insatisfação junto à Espanha e Alemanha. Madrid também investigou os assassinatos cometidos por Ortíz em 2016, contando com a ajuda de Berlim ao longo do inquérito.

Declarações vindas de Caracas aumentam o cenário de crise. “Os Estados Unidos defenderam seu assassino e pediram que ele fosse incluído (na troca de presos)“, afirmou o ministro do Interior venezuelano, Diosado Cabello, em declaração na quarta-feira 23.

Alegando “razões de privacidade”, porta-vozes da Casa Branca e do Departamento de Estado se recusaram a abordar o episódio. Em um comunicado respondendo a perguntas feitas pelo Washington Post, funcionários do governo afirmaram que “os Estados Unidos tiveram a oportunidade de garantir a libertação de todos os americanos detidos na Venezuela, muitos dos quais relataram ter sido submetidos a tortura e outras condições adversas”.

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O crime

Segundo registros da justiça venezuelana, Dahud Hanid Ortíz morava na Alemanha quando começou a suspeitar que sua esposa teria um caso com o advogado Victor Joel Salas Covese. Ele viajou até a Espanha, onde Covese trabalhava, para se vingar da suposta traição.
Ao chegar no local, ele pediu que duas funcionárias entrassem em contato com o advogado, afirmando estar interessado em explorar um negócio lucrativo. Ele assassinou ambas com uma faca e um objeto pesado. Logo depois, um homem que chegou ao escritório para pegar documentos também foi morto – o tribunal entendeu que Ortíz confundiu a identidade da vítima, pensando se tratar de Covese.
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