A prece de cardeais brasileiros para Maria antes de eleger o próximo papa
Conclave começa nesta quarta-feira, 7, às 12h do Brasil

Na noite de terça-feira 6, horas antes de se iniciar o conclave para eleger o sucessor do papa Francisco, os oito cardeais brasileiros que participarão do processo (sete deles com direito a voto) realizaram uma oração no Vaticano para pedir a “luz do Espírito Santo”, que os religiosos acreditam orientar a escolha na clausura entre as paredes da Capela Sistina.
A prece foi direcionada a Maria, Nossa Senhora Aparecida e Padroeira do Brasil, e os clérigos pediram sua intercessão no conclave para dar-lhes sabedoria.
“Reunidos em oração antes do conclave, os cardeais brasileiros pedem a luz do Espírito Santo e se colocam sob a proteção da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, suplicando sabedoria e unidade para a Igreja”, escreveu nas redes sociais a Arquidiocese de Brasília.
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A expectativa é que o novo pontífice cruze as cortinas vermelhas da Basílica de São Pedro até o final de semana, mas não há data limite para que fumaça branca rompa o céu do Vaticano, sinalizando que houve um consenso – nas votações de Francisco, em 2013, e de Bento XVI, em 2005, os cardeais levaram apenas dois dias para selecionar um nome.
Na manhã desta quarta-feira, foi realizada a missa Pro Eligendo Pontifice (Missa para a escolha do pontífice), presidida pelo italiano Giovanni Battista Re, chefe do colégio cardinalício, na Basílica de São Pedro. Pela tarde, ele convidará os cardeais a se dirigirem à Capela Sistina, dizendo: “toda a Igreja, unida a nós na oração, invoca constantemente a graça do Espírito Santo, para que seja eleito por nós um digno Pastor de todo o rebanho de Cristo”.
Terá início, então, a procissão até a capela. Ao chegar no local, eles entoarão o hino Veni, creator Spiritus (Vem, Espírito Criador) e farão o juramento. Às 12h, no horário de Brasília, a votação então começará.
Os cardeais podem fazer até quatro votações por dia, duas pela manhã e duas à tarde, enquanto estão isolados na Capela Sistina. Dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores, são proibidos. A ideia é que os religiosos de todos os cantos do mundo não sejam afetados por informações externas.
Eles não podem colocar o próprio nome no voto, que é secreto e depositado em uma urna. O escolhido precisa arrematar o apoio de dois terços do colégio cardinalício, o que representa 89 cardeais. Em falta de consenso depois de três dias, eles são liberados por 24 horas para orações. Se nenhum for escolhido após 34 votações, os dois mais votados disputarão um segundo turno.
Uma vez escolhido, o novo papa precisa responder a duas perguntas: Acceptasne electionem de te canonice factam in Summum Pontificem? (Aceita a sua eleição canônica como Sumo Pontífice?). Em caso afirmativo, ele será questionado: Quo nomine vis vocari? (Como quer ser chamado?). Depois disso, a fumaça branca poderá ser vista no céu para anunciar: “Habemus Papam“.