Venus Williams recebe ‘wild card’ para participar do US Open na chave de simples

Venus Williams recebeu um wild card para participar do US Open, e marca seu retorno a um Grand Slam depois da sua última participação no torneio nos EUA em 2023. Com presença já garantida nas duplas mistas com o compatriota Reilly Opelka, também a convite da organização, a sete vezes campeã de Major entra na disputa de simples em busca de um terceiro título nas quadras azuis de Nova York. Fora das quadras, a irmã de Serena também foi lembrada e ganhou uma Barbie em sua homenagem.

Um wild card é um convite dos organizadores do torneio a atletas que não se classificaram pelo caminho regular, como o ranking ou qualificatórias. Tenistas locais, jovens promessas, ex-campeões ou jogadores de volta ao circuito ou com forte apelo comercial geralmente são escolhidos pelos torneios para alavancar a audiência e dar oportunidades aos novatos, abrindo portas para fatores surpresa. No US Open, a belga Kim Clijsters recebeu um wild card em 2009, depois de voltar da aposentadoria anunciada dois anos antes, e se sagrou campeã do Grand Slam.

Aos 45 anos, Venus voltou ao circuito no mês passado no Aberto de Washington onde se tornou a mais velha a vencer uma partida de simples em 21 anos. A atleta bateu a compatriota Peyton Stearns e chegou perto da vitória de Martina Navratilova, aos 47 anos, em 2004, em Wimbledon.

Apesar de ter ficado 14 meses afastada das quadras antes do torneio na capital estadunidense, Venus Williams nunca anunciou a aposentadoria. Em 2011, foi diagnosticada com Síndrome de Sjögren, uma doença autoimune que se manifesta pela secura nos olhos e na boca, por conta de auto-anticorpos ou inflamações glandulares, e adotou uma dieta vegana para aliviar os sintomas. A tenista sofre com dores nas articulações e teve lesões que a afastaram do circuito.

Junto com a veterana, outras tenistas também receberam os chamados wild cards para participar da chave principal de simples mesmo sem ranking, são elas: as americanas Clervie Ngounoue, Julieta Pareja, Caty McNally, Valerie Glozman e Alyssa Ahn, a francesa Caroline Garcia, a 2022, e a australiana Talia Gibson.

Venus Williams comentou sobre sua trajetória e a futura geração do esporte: “Quando eu era jovem, queria jogar, ser uma campeã. Eu amava tanto o jogo que não percebia que ele seria muito maior do que eu”, disse em comunicado do US Open. “Ver essas jovens fazendo coisas positivas com suas vidas, vencendo torneios, inspirando a próxima geração também… é algo que eu nunca poderia ter imaginado. Então, é como a cereja do bolo, com cobertura, castanhas e todos os acompanhamentos. É lindo.”

Barbie Williams

Nesta quarta, 13, Venus Williams também ganhou uma homenagem fora das quadras: a tenista se tornou uma Barbie. A inspiração para a boneca foi a final de Wimbledon de 2007, em que a atleta se sagrou campeã da primeira edição do Grand Slam com premiação igual entre homens e mulheres.

Com a roupa branca exigida no torneio, a boneca tem detalhes únicos da ex-número 1 do mundo, que colaborou com o design do modelo. A viseira, os brincos e o colar se assemelham aos utilizados por Williams no título na grama real.

A boneca será lançada oficialmente nesta sexta, 15, na loja da Mattel nos Estados Unidos. “A edição de 2007 de Wimbledon foi um grande momento da minha carreira, não só porque conquistei o título, mas pelo que acontecia nos bastidores. Lutar por premiações iguais não era algo apenas relacionado a mim. Tinha o intuito de promover mudanças para mulheres em todos os esportes. Ver aquele momento eternizado em uma ‘Barbie’ é incrivelmente especial. Espero que isso inspire jovens garotas a falar, acreditar em si mesmas e saber que têm força para mudar o jogo também”, disse Venus ao USA Today.

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