O Maracanã vai precisar de mais de 500 milhões de reais para se adequar às exigências da Fifa para a Copa do Mundo de 2014, um valor quase 20% maior do que os 430 milhões apresentados no projeto inicial da modernização do estádio para receber partidas do Mundial, informou nesta quinta-feira o governo do Rio de Janeiro.
O salto orçamentário se deve a uma análise mais precisa do projeto, segundo a secretária estadual de Esportes, Márcia Lins. Os novos investimentos se somam aos mais de 200 milhões de reais que já foram investidos no Maracanã para a realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007. O estádio também será usado na Olimpíada de 2016.
“Os valores finais só serão conhecidos quando estiverem concluídos os estudos de viabilidade técnica avançada que estão em fase final”, disse a secretária aos jornalistas.
Uma linha de financiamento do BNDES vai disponibilizar 400 milhões de reais para a reforma, ou até 75% do custo total das obras. A primeira etapa da construção começa em março de 2010, mas o estádio permanecerá aberto até agosto.
Somente a partir de setembro o Maracanã será fechado ao público. As obras estão previstas para durar até dois anos e meio. “O Maracanã vai completar 60 anos no ano que vem e queremos mudar o conceito do estádio. Ele vai se tornar um grande parque público da cidade”, disse Márcia Lins.
“O estádio vai mudar a sua cara. Externamente será pintado e internamente vai ganhar uma cobertura total, novos bares, restaurantes e serviços que darão mais conforto e qualidade ao público”, acrescentou a secretária, frisando que as obras de modernização e adaptação farão com que a capacidade do ex-maior estádio do mundo encolha de 87 mil para cerca de 83 mil espectadores.
Entre as obras da área interna serão realizadas alterações na arquibancada inferior, nos acessos ao estádio e a construção de novos vestiários e restaurantes. Um novo centro de mídia com capacidade para 3 mil profissionais também será levantado, enquanto os camarotes serão reduzidos e realocados.
Os estádios Célio de Barros, de atletismo, e Júlio Delamare, de esportes aquáticos, serão mantidos de pé. O projeto inicial previa a demolição das duas arenas esportivas para a construção de estacionamentos e do Museu do Maracanã. “Vamos adaptar o Maracanã, que é tombado, com base nas exigências da Fifa”, disse o presidente da Empresa de Obras Públicas do RJ, Ícaro Moreno.
O novo projeto prevê a construção de 6 mil vagas na Quinta da Boa Vista, área próxima ao estádio, para atender o público do Maracanã. Os novos estacionamentos serão ligados por passarelas ao estádio.
(Com agência Reuters)