Quem são os atletas que levarão a bandeira do Brasil na abertura da Olimpíada
O COB designou Isaquias Queiroz, da canoagem, e Raquel Kochhann, do rúgbi de sete, atletas que atravessaram problemas de saúde para vencer no esporte
![Isaquias Queiroz e Rachel Kochhann](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/07/WhatsApp-Image-2024-07-23-at-06.18.35-1-1.jpeg?quality=90&strip=info&w=900&h=600&crop=1)
É segredo de Estado, ainda, como as delegações serão distribuídas ao longo dos barcos no Sena, na abertura da Olimpíada de Paris, na sexta-feira, 26. Tampouco sabe-se em que posição estarão os porta-bandeiras. Mas, enfim, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) divulgou a dupla brasileira designada a representar o país na cerimônia. Os nomes: Isaquias Queiroz, único brasileiro até hoje a conquistar três medalhas em uma única edição dos Jogos, e Raquel Kochhann, uma das líderes da seleção feminina de rúgbi de sete.
Ambos tem uma histórico de saúde complicado, de recuperação. O baiano Isaquias quase morreu ainda criança e tem apenas um dos rins, mas foi em frente e fez das canoas dos pescadores de Ubaitaba instrumento para ganhar quatro medalhas olímpicas e popularizar a canoagem velocidade: duas pratas (C1 1000m e C2 1000m) e um bronze (C1 200m) na Rio 2016 e um ouro em Tóquio 2020 no C1 1000m. Defenderá o título na prova e ainda competirá no C2 500m.“Fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro. Vai ser uma cerimônia incrível. Principalmente por poder representar minha modalidade, ainda tímida no Brasil. Botar nossas garrinhas para fora”, diz ele.
![O canoísta e medalhista olímpico Isaquias Queiroz O canoísta e medalhista olímpico Isaquias Queiroz](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/07/WhatsApp-Image-2024-07-23-at-06.18.35.jpeg?quality=90&strip=info&w=1024&crop=1)
Raquel Kochhann, nascida na pequena Saudades, no interior de Santa Catarina, chegou à seleção feminina de rúgbi de sete e liderou as Yaras, como são conhecidas as jogadoras da equipe, desde que a modalidade entrou para o programa, na Rio 2016. Um pouco antes da segunda participação, em Tóquio 2020, descobriu um caroço que se revelaria um câncer de mama. Encarou mastectomia, quimio e radioterapia. Em dezembro de 2023 foi novamente convocada para a seleção, e agora celebra a volta ao palco olímpico carregando o pavilhão de uma delegação majoritariamente feminina, com 153 mulheres dentre os 276 classificados. “Ser atleta olímpico é difícil. Essa sensação de estar na frente, levando a bandeira para o mundo inteiro ver numa Cerimônia de Abertura é algo que não consigo explicar em palavras. A minha ficha ainda não caiu, acho que só quando eu estiver lá para saber o que vou sentir.”
![A jogadora de rúgbi de sete Raquel Kochhann A jogadora de rúgbi de sete Raquel Kochhann](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/07/WhatsApp-Image-2024-07-23-at-06.18.32-1.jpeg?quality=90&strip=info&w=1024&crop=1)