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Polícia espanhola libera três suspeitos de racismo contra Vini Jr.

De acordo com veículos de comunicação do país, os jovens de 18 a 21 anos devem permanecer em Valencia; detidos em Madri continuam presos

Por Da Redação Atualizado em 24 Maio 2023, 12h36 - Publicado em 23 Maio 2023, 10h35

Com idades entre 18 e 21 anos, três jovens detidos nesta terça-feira, 23, pela Polícia Nacional espanhola por direcionar xingamentos racistas ao jogador Vinícius Jr., no domingo, dia 21, no estádio Mestalla, foram liberados após prestar depoimento. Segundo fontes da polícia disseram à agência de notícias EFE e ao jornal espanhol ABC, eles foram informados da necessidade de comparecer em juízo caso sejam solicitados.

A promotora delegada para crimes de ódio da Procuradora Provincial de Valência, Susana Gisbert, informou na segunda-feira que abriu oficialmente um processo de investigação criminal no caso de os insultos constituir um crime de ódio, embora o caso ainda esteja senso analisado. Os detidos são acusados de crime relacionado com o exercício dos direitos fundamentais e das liberdades públicas.

Mais cedo, a polícia espanhola havia prendido quatro homens suspeitos de promover ataques racistas contra o jogador de futebol brasileiro Vinícius Jr., do Real Madrid. Durante uma partida contra o Valência, no domingo, dia 21, o atacante foi chamado de “mono” (macaco, em espanhol) pela torcida local e acabou sendo expulso injustamente após uma confusão em campo.

Em Madri, foram presos quatro suspeitos. As detenções ocorreram depois que um boneco inflável vestido com a camisa do atacante foi pendurado em uma ponte em frente ao centro de treinamento do Real Madrid. Ao lado havia uma faixa de 16 metros vermelha e branca, cores do rival Atlético de Madrid, dizendo “Madri odeia o Real”. Segundo a polícia, três deles eram membros de “um grupo radical de torcedores de um clube de Madri” que já haviam sido classificados como “de alto risco”.

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Em um post nas redes sociais, Vinícius Jr. chamou o abuso de “desumano” e pediu aos patrocinadores e emissoras que responsabilizassem La Liga.

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Em um comunicado nesta terça-feira, a primeira divisão da liga espanhola de futebol profissional disse que se sentia “impotente” para enfrentar o problema, enquanto a legislação espanhola limitou suas ações a apenas detectar e denunciar ocorrências racistas. A liga listou uma série de incidentes contra jogadores negros, incluindo nove contra Vinícius, que não foram a julgamento por falta de provas e pediu que a lei fosse modificada.

Vinícius tem demonstrado frustração pela LaLiga não ter exercido pressão sobre a federação espanhola, que tem o poder de impor fechamentos e proibições de estádios, segundo fontes próximas ao jogador.

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