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Os acertos de Carlo Ancelotti na primeira convocação para a seleção brasileira

O treinador italiano, que não é bobo, deu a largada com uma lista para cativar o torcedor brasileiro – e fez muito bem em deixar de fora um certo alguém

Por Fábio Altman Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 Maio 2025, 18h15 - Publicado em 26 Maio 2025, 17h55

O jogo mal começou, mas os minutos iniciais de Carlo Ancelotti como treinador da seleção brasileira foram positivos. O primeiro grande acerto: não convocar Neymar, que mal consegue jogar um tempo inteiro. Tê-lo na lista seria indício de mais do mesmo, como sempre – o que não significa que o camisa 10 do Santos tenha sido descartado, ao contrário. O italiano – em portunhol mais para espanhol do que para português – deu a deixa: “Tentei selecionar jogadores que estão bem. Neymar saiu há pouco de uma lesão e voltou a jogar. Todos sabem que é um jogador muito importante, sempre foi e sempre será. Contamos com ele, obviamente. Por azar, hoje há muitos jogadores lesionados. Neymar saiu há pouco de lesão, temos também Rodrygo, Gabriel, Joelinton, Militão, Éderson… O que quero dizer é que o Brasil tem muitos jogadores de talento. No caso de Neymar, contamos com ele em sua melhor versão. Voltou ao Brasil para jogar, para se preparar bem para a Copa do Mundo. O objetivo dele é estar pronto para a Copa, falei com ele nesta manhã para explicar isso e ele está de acordo”.

Um segundo bom passo, ainda que possa soar demagógico, foi convocar cinco jogadores do Flamengo (Alex Sandro, Danilo, Léo Ortiz, Wesley e Gerson) e um do Corinthians (o goleiro Hugo Souza). Há dois movimentos nessa decisão: ter atletas brasileiros, de modo a aproximar o torcedor da canarinho, mas sobretudo apostar em torcidas de times populares – ainda que muitos possam reclamar do risco de contusões etc. de atletas a serviço da camisa amarela. Lembre-se que o quinteto do Flamengo é quase um recorde: apenas na Copa do Mundo de 1962 houve mais jogadores de um mesmo time, o Santos de Pelé, no rol dos campeões do mundo, com nada menos que sete escolhidos. Em 1970, havia cinco santistas. Sim, ainda estamos nas Eliminatórias, mas a Copa está logo ali, dentro de um ano. O pacote rubro-negro talvez não perdure até lá, mas é possível que seja mantido.

Tudo somado: a discrição de Ancelotti, mantendo muitos nomes de outras chamadas, mas apostando no terroir, é postura de quem sabe o que pretende fazer, sem invencionice. Claro, tudo depende do desempenho em campo e, a rigor, ele tem um único objetivo: o hexa. Qualquer coisa que fique longe da meta – até mesmo um vice-campeonato mundial – de nada valerá. Ele sabe disso, e por saber chegou namorando a turma de casa.

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