Operários que trabalham na reforma do Mineirão mantiveram a greve na manhã desta sexta-feira e cerca de 200 deles aproveitaram a visita de Dilma Rousseff para realizar um protesto envolvendo bandeiras e até carro de som. A manifestação, contudo, nem foi vista pela presidente, que entrou no estádio pelo lado oposto.
Enquanto os operários pediam aumento, vale-alimentação e melhores condições de trabalho, Dilma seguia com seu cronograma nesta sexta-feira, quando faltam mil dias para o início da Copa do Mundo no Brasil. Sorridente, ela posou ao lado de Pelé, embaixador do governo federal do Mundial, com uma camisa do Atlético-MG, time que diz torcer, e um uniforme da Seleção Brasileira com o número ‘1.000’.
Além de Pelé, a presidente foi acompanhada pelo governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, pelo prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e dos ministros do Esporte, Orlando Silva, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. A comitiva, protegida por um forte esquema de seguranças, entrou pelo portão principal do Mineirão.
Na Avenida C, que fica próximo ao antigo estacionamento do estádio, operários faziam barulho com carro de som, bandeiras, faixas reforçando a greve e cânticos de protesto. A liderança do movimento alega que não sabia da visita de Dilma ao Mineirão e mantém seus pedidos.
As principais reivindicações são por um piso salarial de R$ 1.050, aumento no valor do vale-alimentação, um plano de saúde estendido para a família dos operários e melhores condições de saneamento na obra.