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‘Não sou o Bolt de saias’

Uma das mulheres mais velozes do mundo, a jamaicana Shelly-Ann Fraiser diz a VEJA.com que detesta ser comparada ao amigo Usain

Por Monica Weinberg Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 ago 2016, 22h18 - Publicado em 15 ago 2016, 22h06

Aos 29 anos, Shelly-Ann Fraser Pryce, apelido Pocket Rocket, conta que não consegue sair às ruas de Kingston, na Jamaica, sem dar autógrafo. Virou celebridade em um país que cultiva atletas desde os primeiros passos – mesmo. Ela jura que persegue a rapidez desde os 5 anos. Três vezes campeã mundial, tentou no Rio o tricampeonato olímpico nos 100 metros rasos, mas perdeu o ouro para a também jamaicana Elaine Thompson, 24 anos. Levou o bronze, atrás ainda da americana Torie Bowie. Agora se prepara para o revezamento 4X100, no próximo dia 20. Relaxada em um sofá, com as madeixas verdes e amarelas cuidadosamente penteadas, ela diz nesta entrevista que vive com dores no corpo, o tempo inteiro, mas estar na pistas compensa tudo.

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O bronze ficou com gosto de derrota? Claro que vim da Jamaica com o objetivo de chegar em primeiro, mas costumo ser bem realista: sabia que outras corredoras estavam no mesmo patamar de tempo que eu. A vitória nunca foi certa. Não há derrota.

Comemorou o bronze? Ninguém deve desprezar uma medalha olímpica. Acrescentei mais uma à coleção.

Veio de uma contusão. Ainda sente dores? O tempo inteiro. Durante o treino, na corrida, agora, mas competir é tão bom que vale.

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Durante a prova, viu Elaine Thompson à sua frente? Ela cruzou meu raio de visão.

Sentiu que ia perder? Não. Quando corro, só presto atenção no meu. Não escuto barulho nenhum. É como se estivesse em outro mundo.

Há rivalidade entre você e Elaine? Somos amigas e temos o mesmo técnico. Ela é mais nova. Às vezes, chego no treino e digo: “Não desista!” Falo isso porque desistir é muito mais fácil do que continuar.

Já pensou nisso? Nunca. Aprendi a controlar as emoções. Ser atleta é também saber se reerguer quando as coisas vão mal. Muitos campeões não conseguem.

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Por que quis ser atleta? É uma carreira valorizada na Jamaica e adoro correr. Só não gosto muito do lado pop star.

Não mesmo? Saio e as pessoas ficam me olhando, pedem autógrafo. Gosto de privacidade. Sou discreta.

E esse cabelo verde e amarelo? É uma homenagem à Jamaica, mas caiu bem no Brasil.

Gosta de ser chamada de “Bolt de saias”? Não. Usain é Usain, Shelly é Shelly.

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