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Não é só o Brasil: os outros uniformes duvidosos da Olimpíada de Paris

Considerados feios, pobres e sexistas, trajes da China, Malásia e da seleção de atletismo dos Estados Unidos também não agradaram

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jul 2024, 19h58 - Publicado em 25 jul 2024, 18h57

Às vésperas da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos 2024, em Paris, nesta sexta-feira 26, o uniforme do Brasil continua dando pano para a manga. Anitta comparou o look a como o atleta é tratado no país – “sem estrutura, sem oportunidades, desvalorizado”. A medalhista olímpica de vôlei, Márcia Fu, disse que “era roupa de crente e de péssimo gosto”.

Paulo Wanderley, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), foi o único a sair em defesa dos trajes assinados pela rede fast fashion Riachuelo, dizendo que os uniformes são “artísticos” e que as Olimpíadas “Não é Paris Fashion Week.”

Feios e sexistas

Mas o fato é que a repercussão negativa levou os uniformes do Brasil ao pódio dos mais feios da competição. Só que não são os únicos duvidosos. Outros países também tiveram suas vestimentas detonadas nas redes sociais e receberam críticas ferrenhas, que vão além do design ruim.

Caso, por exemplo, do traje de cerimônia da China, que logo após sua divulgação pela Administração Geral de Esportes da China, foi considerado feio e com “consciência de gênero retrógrada”. “[Parece] um manequim de uma loja de departamentos antiga dos anos 90. Feio”, dizia um comentário no Xiaohongshu, plataforma semelhante ao Instagram do país.

As inúmeras críticas ainda apontaram as roupas pelas semelhanças com a edição das Olimpíadas de Tóquio de 2021 e o cunho sexista, comparando as atletas femininas, que deverão vestir saias, jaquetas e salto alto, a garçonetes. “Como pode fazer algo tão horrível? Estou realmente convencido de que algumas pessoas não querem que os atletas tenham uma boa aparência”, dizia outra postagem.

Sexista também foi o termo usado para qualificar os uniformes desenvolvidos pela Nike para as mulheres do atletismo dos Estados Unidos. O uniforme foi descrito como algo semelhante a um maiô, sem mangas e com corte alto na virilha. “É desrespeitoso “, afirmou Lauren Fleshman, ex-campeã dos 5.000 metros do país, em uma publicação no X. Colleen Quigley, competidora nos Jogos do Rio 2016, também se manifestou, apontando o traje como “constrangedor”.

Pobre

Por fim, outro uniforme olímpico considerado feio e “pobre” foi da Malásia, que após tantas críticas, passou por reformulações. Segundo os fãs, além do design sem formato e desproporcional, os trajes não traziam as cores originais da bandeira da Malásia (vermelho branco, azul e amarelo) no escudo. A apresentação em manequins também foi reprovada na internet. Após a controvérsia, o Chefe de Missão da Malásia em Paris, Hamidin Mohamad Amin, admitiu que iriam melhorar o desenho existente.

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“Após levar em consideração e receber ‘feedback’ de todas as partes, incluindo o Ministério da Juventude e Esportes, o Conselho Nacional de Esportes e os fãs nacionais de esportes, o conselho olímpico reconhece que o design da jaqueta oficial não foi bem recebido”, disse Amin.

Veja os uniformes que geraram críticas:

BRASIL: Feito pela Riachuelo, uniforme não agradou
BRASIL: Feito pela Riachuelo, uniforme não agradou (Comitê Olímpico Brasileiro (COB)/Divulgação)

 

CHINA: atletas foram comparadas a garçonetes
CHINA: atletas foram comparadas a garçonetes (Weibo/TeamChina中国国家队/Divulgação)

 

MALASIA: unoformes fora considerados feios e desproporcionais
MALASIA: uniformes foram considerados feios e desproporcionais (Internet/Reprodução)

 

ESTADOS UNIDOS: uniforme feminino de atletismo é qualificado como sexista e desrespeitoso
ESTADOS UNIDOS: uniforme feminino de atletismo é qualificado como sexista e desrespeitoso (Nike/Divulgação)

 

 

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