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Nadadora canadense diz ter sido drogada em Mundial de Esportes Aquáticos

Mary-Sophie Harvey conta em depoimento na conta do Instagram que 'há uma janela de quatro a seis horas em que não consigo me lembrar de nada'

Por Vitória Barreto 7 jul 2022, 18h58

A atleta canadense Mary-Sophie Harvey revelou em texto nas redes sociais, nesta quinta-feira, 7, os danos físicos e psicológicos causados depois que foi dopada no último dia da Competição Mundial de Natação, em Budapeste, na Hungria. A jovem comemorava a medalha de bronze que ganhou na prova do revezamento 4×200 de nado livre e afirmou que não se lembrava dos eventos da noite.  Na manhã seguinte, ela disse que acordou com gerente de equipe e um médico ao seu lado.

Harvey sofreu uma entorse de costela e uma concussão e publicou em seu Instagram fotos dos hematomas em seu corpo. Seus amigos a disseram que a causa das lesões foi por terem que carregá-la enquanto estava inconsciente. Ela também ressaltou que foi muito julgada.

 “A única coisa que posso dizer é isso: nunca senti tanto constrangimento”, revelou Harvey

A nadadora disse que foi atendida por médicos e psicólogos no hospital, onde fez alguns testes. Segundo ela, os médicos lhe disseram que “isso acontece com mais frequência do que pensamos”,  e teve sorte de ter saído da situação com poucas lesões corporais. 

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O porta-voz da Swimming Canada Nathan White disse à Canadian Press que estão cientes do incidente em Budapeste e que, “assim que a equipe tomou conhecimento, Mary recebeu excelente tratamento médico da equipe no local e foi liberada para viajar para casa”.

“A equipe está em contato com Mary desde seu retorno e estamos oferecendo apoio. Continuamos a reunir informações sobre a situação, e o arquivo foi encaminhado ao nosso oficial independente da Safe Sport”, acrescentou. 

Na última foto do post no Instagram, a atleta alertou que existe um “número crescente e perigoso” de casos semelhantes e compartilhou várias capturas de tela de reportagens sobre o aumento de pessoas que têm sido drogadas na cena noturna europeia. 

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“Para quem está lendo isso, por favor, tenha cuidado. Eu pensei que estava segura, que isto nunca aconteceria comigo, especialmente porque estava cercada de amigos. Mas aconteceu”, disse a nadadora.“Eu queria que alguém tivesse me educado sobre o assunto, antes daquela noite”.

A  FINA, a entidade reguladora global da natação, disse em depoimento à Reuters que “está ciente dos relatos angustiantes da mídia sobre Mary-Sophie Harvey” e “profundamente preocupada com o bem-estar dela.”

“Em 2021, a FINA adotou medidas generalizadas destinadas a proteger os atletas e um oficial de investigação independente será designado para investigar o assunto”, acrescentou.

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