Milan e Inter devem demolir San Siro após aprovação de compra pelo conselho municipal
Giuseppe Meazza, que completa 100 anos em 2026, foi vendido por 197 milhões de euros para os clubes rivais

A venda do estádio San Siro ao Milan e a Inter de Milão por 197 milhões de euros (cerca de R$1,2 bilhão) foi aprovada pelo conselho municipal de Milão nesta terça, 30. Os clubes rivais dividem o gramado do Giuseppe Meazza e planejam demolir a estrutura quase centenária.
O principal objetivo da compra é substituir o estádio por uma versão mais moderna e aumentar a receita nos dias de jogos. O campo e o atual terreno continuarão sendo utilizados normalmente até a construção da nova arena, ao lado. Quando finalizada, o San Siro deve ser demolido e se tornar um estacionamento.
A decisão da venda veio depois de mais de 11 horas de debate na prefeitura de Milão, por 24 votos contra 20.
Os clubes divulgaram uma nota conjunta celebrando a decisão: “AC Milan e FC Internazionale Milano estão satisfeitos com a aprovação, por parte do Conselho Municipal, da venda do San Siro e de sua área circundante: um passo histórico e decisivo para o futuro dos Clubes e da Cidade.”
Segundo o comunicado, os clubes aguardam a confirmação oficial do Conselho do Governo da Cidade e planejam “um novo estádio que atenderá aos mais altos padrões internacionais: uma instalação de classe mundial destinada a se tornar um novo ícone arquitetônico de Milão e um símbolo da paixão dos torcedores de futebol ao redor do mundo.”
Na semana passada, os clubes contrataram os escritórios de arquitetura Foster + Partners e Manica para projetar o novo estádio com capacidade de 71,5 mil pessoas (4 mil a menos que o atual San Siro).
Em 2032, a Itália será sede, junto com a Turquia, da Eurocopa, mas o atual estádio não atende os requisitos da Uefa para receber as partidas. Fundado em 1926, o San Siro recebeu reformas para a Copa do Mundo de 1990.