Gabriel Medina: entre ondas e polêmicas
O surfista que levou o bronze olímpico no Taiti chegou a dar uma pausa em meio a um turbilhão
Conhecido pela frieza quando está frente a frente com ondas monstruosas, Gabriel Medina, 30 anos, que acaba de levar o bronze olímpico no Taiti, andou envolto em outro tipo de tubo, que o arrastou para uma tremenda maré baixa e o fez até dar um tempo da prancha. Nos últimos Jogos, em Tóquio, ele havia saído de mãos abanando, sem medalhas e tragado por polêmicas sem nenhum glamour.
O pior de tudo foi o barraco familiar que se armou depois que casou com a modelo Yasmin Brunet, enlace que durou dois anos e causou um tremor de alta potência em sua base familiar. Yasmin e Simone, mãe à frente de tudo na carreira do surfista, ficaram à turras desde o dia zero. Não se bicaram mesmo. Isso às vezes acontece, mas não na proporção que tomou.
Num dado momento, Medina escolheu um lado do ringue e, sob o incentivo de Yasmin, segundo amigos, rompeu não apenas com a mãe, mas com o padrasto, que o iniciou nas ondas e era seu técnico. Simone não perdoou e atirou: “Essa Yasmin é uma atriz pornô.”
“GABRIEL ERA UM POBRE COITADO?”
A essa altura, a nora dizia poucas e boas da sogra, sem filtros, num embate público que em nada enriqueceu o noticiário. “Então eu separei uma família? O Gabriel era um pobre coitado que não conseguia tomar suas decisões?”, voltou recentemente ao tema.
Se a trama tivesse terminado aí, já seria o pior novelão das 6, mas teve mais. O filho resolveu fuçar as contas de sua empresa e teria esbarrado com uma retirada mensal de 300 000 reais feita pela mãe. Quis baixar para 200 000, e entraram em rota de colisão. O enrosco foi parar na Justiça, onde a sociedade que tinham se desfez, rendendo bens e 5 milhões de reais aos pais. Pararam aí de se falar: “Foi um período de luto”, desabafou Simone.
Em 2022, a separação de Yasmin, que todo mundo próximo diz ter sido iniciativa dele pela ciumeira dela, deu nova abalada na área emocional. Uma depressão o abateu e sobre ela Medina falou: “Nunca imaginei estar nessa situação. É assustador, as coisas param de fazer sentido.”
Tomou então a decisão de se afastar do mar e das competições. Quando, uns meses depois, achou que estava pronto para encarar a prancha de novo, veio uma lesão, que o deixou longe da água outra vez. Mas aí o turbilhão passou, ele se reconciliou com a família e voltou a fazer suas manobras.
Tricampeão mundial, Medina chegou em Teahupoo, na Polinésia Francesa, com a história daquela medalha que não ganhou em Tóquio entalada na garganta. Conhecedor das arapucas das ondas da Polinésia, foi clicado no ar ao lado de sua prancha, levitando logo após um super tubo, meio que como um senhor dos mares – imagem que entrou para o rol das que não são deletadas.
Depois de tudo, o bronze, dedicado ao padrasto a quem chama de pai, Charles Saldanha, que está inclusive com ele no Taiti, veio com alívio e sabor de ouro. Não dava para sair mais dessa Olimpíada sem pódio.