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Fluminense apresenta projeto da futura SAF ao Conselho Deliberativo; nova onda deste modelo?

Investimento pode chegar a R$ 6,9 bilhões por 10 anos de contrato

Por Redação 9 set 2025, 15h43

O Fluminense apresentou oficialmente na noite desta segunda-feira (8), ao Conselho Deliberativo do clube, um projeto para se tornar SAF (Sociedade Anônima do Futebol). A proposta é da LZ Sports, braço da gestora Lazuli Partners. Nos dois primeiros anos, a empresa faria um aporte de R$ 500 milhões, sendo metade de imediato, e assumiria o total da dívida estimada em R$ 871 milhões. Além disso, consta no contrato um investimento de R$ 6,4 bilhões no período de 10 anos.

De acordo com o documento apresentado, esse montante total de R$ 6,9 bilhões de investimentos seria dividido da seguinte maneira: R$ 4,7 bilhões para folha salarial de elenco e comissão técnica, R$ 1,1 bilhão para compra de atletas, R$ 359 milhões para formação de jogadores e R$ 143 milhões em royalties para associação.

Neste momento, o plano é adquirir 65% da SAF, que passaria a ficar responsável pelo futebol masculino, feminino, categorias de base e o futsal. A sede de Laranjeiras e outros bens imóveis permaneceriam com a associação, mas podendo ser usado pela parte da SAF.

Outro ponto importante do projeto é que o modelo vai ter 40 investidores milionários, todos torcedores do Fluminense, que poderão adquirir cotas da empresa que vai comandar o departamento de futebol. A própria LZ Sports divulgou alguns nomes, que passam por nomes conhecidos do empresariado brasileiro (ver lista abaixo).

A votação dos sócios, que define os próximos passos, vai acontecer apenas depois da eleição presidencial do clube, prevista entre a segunda quinzena de novembro e a primeira de dezembro. A previsão é que um desfecho do processo seria apenas em fevereiro.

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Terceira onda das SAFs no Brasil?

No último mês de agosto, quando o Brasil completou 4 anos da homologação da lei da SAF, um estudo do IBESAF (Instituto Brasileiro de Estudos e Desenvolvimento) mostrou queo país chegou a incrível marca de 117 clubes com esse modelo.

Deste montante atual, no entanto, apenas 6 equipes estão na Série A, casos de Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Fortaleza e Vasco da Gama. Já na Série B encontram-se 8 times: Amazonas, Atlético Goianiense, Cuiabá, América Mineiro, Athletic Club, Coritiba, Ferroviária e Novorizontino.

Para especialistas em direito desportivo, esse movimento para se tornar SAF deve aumentar nos próximos anos entre os chamados clubes grandes. A partir de 2027, os clubes organizados como associação serão tributados por IBS e CBS, com carga estimada em 10,8% sobre a receita bruta, além da contribuição previdenciária (INSS sobre a receita bruta, de 5%). No total, a carga chegará a aproximadamente 16%, quase o dobro da alíquota das SAFs, fixada em 8,5% no Regime de Tributação Específica do Futebol (TEF), sem considerar créditos de IBS/CBS.

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“Eu acredito que pouquíssimos clubes permanecerão como associação a partir de 2027, justamente porque o modelo associativo vai ficar mais caro que o empresarial. Primeira e segunda ondas das SAFs ocorreram, na maioria dos casos, por razões financeiras, seja para os clubes fazerem frente às dívidas, sejam para captarem investidores e, consequentemente, alavancagem de desempenho. Raros foram os clubes que migraram para a SAF por motivo de governança. Agora, com a Reforma Tributária, penso que haverá uma terceira onda e a mudança decorrerá da busca de eficiência fiscal“, analisa Cristiano Caús, advogado especializado em direito desportivo e sócio do CCLA Advogados.

Com a Reforma Tributária aprovada em 2023 e regulamentada neste ano, o ambiente fiscal do futebol brasileiro passa por uma mudança inédita: os clubes associativos deixam de ser isentos e passam a recolher tributos de forma ampla e permanente.

Thales Rangel Mafia, Gerente de Marketing da Multimarcas Consórcios, também entende que SAF do Fluminense pode inaugurar uma terceira onda de SAFs no Brasil: “Diferente das primeiras, criadas em cenários de urgência, essa nova fase, envolvendo grandes clubes, se beneficia da observação. A vantagem é aprender com os erros e acertos de pioneiros como Botafogo, Vasco e Cruzeiro, permitindo a estruturação de um modelo de governança mais sólido e a negociação de contratos que garantam os investimentos prometidos, protegendo melhor os interesses e a identidade do clube a longo prazo.

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Lista de prováveis investidores

Família Almeida Braga: ligada a seguradoras (antiga Atlântica Boa Vista, atual Bradesco Seguros)
Grupo Apex Partners: empresa de investimentos
Heráclito de Brito Gomes Junior: vice-presidente Rede D’Or (ramo hospitalar)
Família Dantas: ligada a gestão de fundos
Família De Luca: da Frescatto (ramo de frutos-do-mar)
Família Esteves: ligada ao comitê executivo da BTG Pactual
Família Hallack: ligado a empreiteira Camargo Correia
Família Klabin: do Grupo Kablin (indústria de papel e celulose)
Membros da família Monteiro Aranha: do Grupo Monteiro Aranha
Família Paes: tem como representante o Guilherme Paes, sócio do BTG Pactual e irmão do prefeito do Rio, Eduardo Paes
Ricardo Tadeu: ligado a Ambev (ramo de bebidas)
Bruno Werneck: advogado
Família Zitelmann: ligada ao comitê executivo da BTG Pactual

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