EUA sofrem para ganhar do Sudão do Sul em amistoso de basquete
Com Lebron James em quadra, americanos reverteram desvantagem de 16 pontos e, no final, contaram com a ajuda da tabela
Foi por apenas um ponto. Após uma partida muito disputada, a seleção dos Estados Unidos de basquete bateu a do Sudão do Sul por 101 a 100, em Londres, no Reino Unido. O herói do jogo foi Lebron James, que fez a cesta decisiva, uma bandeja espetacular, a apenas 8 segundos do encerramento do último quarto. As duas equipes estarão na Olimpíada de Paris.
Os EUA se recuperaram de uma desvantagem de 16 pontos para evitar talvez a maior derrota de sua história. O Sudão do Sul, nação africana que conquistou a sua independência há apenas 13 anos e está prestes a disputar os Jogos Olímpicos pela primeira vez, liderou mais de metade do jogo — acertou 14 cestas de 3 pontos, enquanto os EUA acertaram sete — e teve possibilidade de vencer. Mas o chute de Carlik Jones na tabela faltando cerca de 4 segundos para o final salvou os americanos.
O Sudão do Sul conseguiu a vaga olímpica com base na sua classificação na Copa do Mundo do ano passado. Sua federação nacional é liderada pelo ex-jogador da NBA Luol Deng, e a equipe é treinada pelo ex-armador da NBA e agora assistente técnico do Houston, Royal Ivey. “Vou ser honesto: gosto mais desse tipo de jogo do que das vitórias arrasadoras”, disse James ao sair da quadra. “Pelo menos fizemos o teste.”
É a 40.a vez consecutiva que os americanos ganham uma partida internacional com James. Aos 39 anos, ele está para se tornar o atleta olímpico mais velho dos Estados Unidos em atividade.
Qual é a situação do Sudão do Sul?
O Sudão do Sul está localizado na África Oriental, fazendo fronteira com países como Uganda, Quênia, Etiópia e Sudão. É considerado um enclave, ou seja, não possui litoral. Atualmente, enfrenta uma série de problemas, incluindo conflitos armados entre grupos étnicos e militares, crise humanitária, instabilidade política e corrupção.
O basquete no Sudão do Sul é visto como uma forma de escapar da realidade dura do país e construir um futuro melhor, motivando os jovens a se dedicarem ao esporte. A participação em competições internacionais, como a NBA, tem aumentado a visibilidade do basquete sul-sudanês e inspirado novas gerações. O esporte também serve como um símbolo de união nacional, ajudando a superar as divisões étnicas e políticas em curso.