Esportistas se unem em críticas a Donald Trump
LeBron James, Rafael Nadal e outras estrelas do esporte condenaram as últimas medidas do presidente americano
As últimas decisões e declarações do presidente americano Donald Trump, especialmente o desejo de construir um muro da fronteira com o México e as restrições migratórias impostas a sete países muçulmanos, foram duramente criticadas por diversos esportistas ao redor do mundo. Atletas de basquete, como o astro LeBron James – e a própria NBA -, demonstraram preocupação em relação ao tratamento de Trump a estrangeiros, enquanto o tenista espanhol Rafael Nadal condenou o discurso “arrogante” do empresário. Abaixo, as principais críticas a Trump.
LeBron James
“Sempre haverá votos estúpidos. Trump é nosso presidente”, ironizou o astro do Cleveland Cavaliers, crítico antigo de Trump, durante coletiva no último sábado, ao comentar os votos para o Jogo das Estrelas da NBA. Ao longo da campanha presidencial, LeBron declarou apoio a Hillary Clinton e rebateu falas machistas de Trump.
Rafael Nadal
“Não gosto de sua forma de se expressar, é arrogante, não é meu estilo”, afirmou o vice-campeão do Aberto da Austrália, que, ironicamente é o tenista favorito de Trump, ao diário El Español. Nadal disse ainda que “não está muito por dentro da política americana” e que “para ser sincero, também não gostava da outra opção (Hillary Clinton)”.
Michael Bradley
“Estou triste e envergonhado. Quando Trump foi eleito presidente, pensava que seria diferente do candidato que foi, que substituiria sua retórica xenofóbica, misógina e narcisista por uma aproximação mais humilde e comedida na hora de dirigir nosso país. Me enganei, e as restrições que agora atingem os muçulmanos demonstram mais uma vez que se trata de uma pessoa que não está em sintonia com o nosso país e que não faz o necessário para fazê-lo avançar”, lamentou o capitão da seleção americana de futebol, em seu Instagram.
Mo Farah
“No dia 1º de janeiro deste ano, Sua Majestade, a Rainha, fez de mim um cavaleiro da realeza. No dia 27 de janeiro, o presidente Donald Trump parece ter feito de mim um alien. Eu sou um cidadão britânico que viveu nos Estados Unidos nos últimos seis anos – trabalhando duro, contribuindo para a sociedade, pagando meus impostos e trazendo meus filhos para um lugar que agora chamamos de lar… É profundamente perturbador que terei de contar para os meus filhos que seu pai pode não ter permissão para voltar para casa”, desabafou o corredor bicampeão olímpico, que nasceu na Somália, compete pela Gra-Bretanha e mora em Portland, nos Estados.]
NBA
“Entramos em contato com departamento de Estado e estamos buscando informações para entender como esse decreto vai afetar nossos jogadores que são dos países impactados. A NBA é uma liga global e nos orgulhamos de atrair os melhores jogadores de todas as partes do mundo”, afirmou o porta-voz da liga, Mike Bass. Luol Deng, do Los Angeles Lakers, e Thon Maker, do Milwaukee Bucks, nasceram no Sudão, um dos países barrados por Trump.
Steve Nash
“Meus pensamentos estão com todos aqueles diretamente afetados pelo veto a muçulmanos. Orgulhoso dos que estão levantando a voz, se preocupando com os inocentes afetados”, afirmou o ex-jogador canadense, duas vezes eleito o melhor jogador da NBA
Borussia Dortmund
“A única muralha na qual acreditamos”, ironizou o tradicional clube alemão, em clara referência ao muro que Trump pretende construir, com uma imagem da chamada “Muralha Amarela”, a arquibancada do estádio Signal Iduna Park onde os mais fanáticos torcedores do Dortmund se posicionam.
Rafa Marquez
“Não há muro capaz de nos deter se acreditarmos em nós mesmos”, escreveu o capitão da seleção mexicana de futebol, também em forma de indireta, na legenda de um vídeo de seus gols no Instagram.