Paris/Londres, 10 jun (EFE).- França e Inglaterra farão um duelo de sentimentos opostos nesta segunda-feira, quando abrem o grupo D da Eurocopa, na Donbass Arena, em Donetsk, na Ucrânia, em jogo marcado para às 13h (horário de Brasília).
Os ‘Bleus’, vivem a esperança de voltar ao caminho das grandes conquistas, após vexames nas últimas edições da Eurocopa e Copa do Mundo. Enquanto isso, o ‘English Team’ chega destroçado psicologicamente por tantos desfalques às vésperas da competição continental.
A França estreia embalada depois de vitórias nos últimos três amistosos de preparação para a Euro. O time de Laurent Blanc agradou, principalmente, pelo poderio ofensivo. Entretanto, a insegurança da defesa pode ser apontado como um ponto fraco dos campeões do mundo em 1998.
O duelo contra os ingleses é considerado o grande teste da elogiada equipe azul. No total, já são 21 jogos oficiais sem derrota, em que Frank Ribéry e Karim Benzema mostraram bom futebol e grande capacidade de desequilibrar as partidas. Os dois, e o meia ofensivo Sami Nasri são considerados os principais nomes do time.
Por outro lado, a dupla de zaga formada por Philippe Mexès e Adil Rami, tem sido alvo de críticas, pelas muitas falhas nos três amistosos de preparação. Contra a frágil Islândia, por exemplo, os franceses tomaram dois gols.
Na estreia da Eurocopa, o único desfalque de Laurent Blanc será o jovem meia M’Villa, que se recupera de lesão e será substituído pelo também meia Alou Diarra.
Contusão, aliás, é a palavra que mais atormenta a seleção inglesa desde o início da preparação para a Eurocopa. Por conta delas, os campeões mundiais de 1966 chegam desfigurados à competição realizada na Polônia e Ucrânia.
Entre os convocados para o torneio, o técnico Roy Hodgson perdeu o zagueiro Gary Cahill e os meias Frank Lampard e Gareth Barry, todos por lesão. Outro que será desfalque, mas apenas nos dois primeiros jogos da Euro, será o atacante Wayne Rooney, que está suspenso.
Por tantos problemas, comandante do ‘English Team’, que assumiu a função no dia 1º de maio, sabe que não será uma participação comum a da sua equipe. ‘Podem ser as três semanas mais apaixonantes ou as mais tormentosas de toda a minha carreira’, reconheceu Hodgson.
Invicto no comando da seleção, tendo vencido Noruega e Bélgica, ambas por 1 a 0, Hodgson espera surpreender, baseando a força de sua equipe na forte marcação do ‘English Team’, apesar das carências ofensivas.
No meio campo, a crítica é quanto a falta de inspiração dos jogadores ingleses. A principal esperança segue sendo o Gerrard, que não vive mais a grande fase de meados da década passada, quando brilhou vestindo a camisa do Liverpool.
Resta saber ainda quem será o substituto de Wayne Rooney nas duas primeiras rodadas. A dúvida está entre o reserva do atacante no Manchester United, Danny Welbeck, ou o criticado Andy Carroll.
Prováveis escalações:
França: Lloris; Debuchy, Rami, Mexès e Evra; Cabaye, Diarra, e Nasri; Malouda, Ribéry e Benzema. Técnico: Laurent Blanc.
Inglaterra: Hart; Johnson, Terry, Lescott e Cole; Milner, Gerrard, Parker e Downing; Young e Welbeck (ou Carroll). Técnico: Roy Hodgson.
Arbitragem: Nicola Rizzoli (Itália), auxiliado pelos compatriotas Renato Faverani e Andrea Stefani.
Estádio: Donbass Arena, em Donetsk, na Ucrânia. EFE